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Espetáculo circense com protagonistas negros estreia no Rio

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Depois de apresentações nas capitais de São Paulo e Minas Gerais, e no Festival de Curitiba, o espetáculo musical PROT{AGÔ}NISTAS – O Movimento Negro no Picadeiro”chega ao Rio de Janeiro para três sessões. Elas serão realizadas nesta sexta-feira (14) e sábado (15), às 19h, e no domingo (16), às 18h. Os ingressos custam R$ 15 e podem ser adquiridos pelo site do Sympla. As apresentações ocorrem no Circo Crescer e Viver, no bairro da Cidade Nova, região central da cidade.

Durante a apresentação nesta sexta-feira (14), haverá intérprete de Libras e audiodescrição. Às 11h, será realizada palestra gratuita, com duração de uma hora. O tema Estou aqui – O lugar ocupado pelo artista negro e sua representatividade na cena cultural nacional vai ser abordado pela convidada especial Thallita Flor, uma palhaça preta da Cia Mala de Mão.

O diretor Ricardo Rodrigues informou que o espetáculo tem músicas autorais e traz uma versão afrocentrada, com narrativa sobre o negro em diáspora no Brasil. O próprio título PROT{AGÔ}NISTAS traz a palavra agô entre chaves, extraída do idioma Iorubá, que simboliza a abertura de portas e caminhos.

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Protagonismo

“O nome protagonista está no plural porque cada artista tem o seu momento de protagonismo no espetáculo, com as músicas autorais da própria banda, que toca ao vivo, e as ações circenses que se dão dentro de uma narrativa que fala de amor na comunidade preta, de cabelo da pessoa preta, do quilombismo, do genocídio. São situações implícitas, onde a plateia percebe e acompanha essa celebração circense no picadeiro”, afirmou Rodrigues.

Para o diretor, apesar de serem temas tristes, o espetáculo não visa a fazer denúncias. “Ele é celebrativo, circense, eufórico até, eu diria. O público está muito junto, na festa. Acima de tudo, é celebração, é circo”.

O Coletivo Prot{agô}nistas é formado por 30 artistas negros, a maioria oriunda de periferias. No espetáculo no Rio, 21 artistas estarão em cena, entre malabaristas, trapezistas, músicos, palhaços, contorcionistas, bailarinos. As coreografias, que vão da capoeira ao hip hop, do balé ao GumbootDance, trazem o tom acrobático que permeia todo o espetáculo, com performances organizadas por Washington Gabriel. A iluminação valoriza as cores que ressaltam a essência do panteão da África.

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Os autores do espetáculo são o Coletivo Prot{agô}nistas e Solas de Vento Produção Cultural e Artística. Em junho, ele deverá ser apresentado no Recife.

Fonte: EBC GERAL

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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