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Conheça o Azerbaijão, país jovem de tradição milenar
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Uma nação jovem com histórias milenares, o Azerbaijão é o tema do programa Caminhos da Reportagem deste domingo (15), que vai ao ar às 22h, na TV Brasil.
Encravado entre a Europa e a Ásia, o Azerbaijão foi dominado por alguns dos maiores impérios do mundo ao longo dos últimos séculos: do Romano ao Persa e do Otomano ao Russo. Já no século passado, o controle do território passou a ser soviético.
Os azeris, como são conhecidos os habitantes do país, fazem questão de afirmar que têm identidade e origem definidas: são moradores do Cáucaso há milhares de anos. Apesar disso, a nação é jovem. Surgiu em 1991, logo após a desintegração da União Soviética. “É uma região importante e muito disputada”, define o professor Estevão Martins, que leciona História das Relações Internacionais na Universidade de Brasília.
O país é cortado pela Cordilheira do Cáucaso e está à beira do Mar Cáspio. Rico em petróleo e gás natural, o Azerbaijão tenta “se fazer conhecido”, explica o ministro conselheiro da Embaixada do Brasil em Baku, capital do país, Alexandre Silveira.
“É aquela história: algumas pessoas sabem que o Azerbaijão existe. Mas não é só uma terra exótica, remota. Eles têm o que oferecer para o mundo, têm papel importante e de maior relevância do que tem sido conhecido até agora”, completa o ministro conselheiro.
Outro ponto importante: boa parte da população é muçulmana. Majoritariamente xiita, por sinal. “A gente associa o xiismo com o radicalismo islâmico. E não tem nada a ver. O problema é que um país de maioria xiita tem um regime extremista. Essa é a questão. Aqui, a maioria é xiita, mas há uma herança soviética e o governo atual preza pelo estado laico. Tanto que você não escuta chamados de oração nas mesquitas. Não tem restrição a álcool. Não existe nada relacionado a restrições de vestimentas, a comportamentos. É um lugar que te acolhe, você tem uma vida normal”, conta Alexandre Silveira.
Ao longo do programa, os repórteres Flavia Peixoto e Sigmar Gonçalves, que foram ao país a convite da embaixada do Azerbaijão no Brasil, mostram a sensível relação dos azeris com os vizinhos armênios. Houve duas guerras recentes entre os dois países.
A equipe do Caminhos da Reportagem também vai mostrar a rica culinária local com a ajuda do jovem chef de cozinha Yagub Zeynalzade. Ele percorre o interior do país em uma Kombi em busca de novos ingredientes e heranças gastronômicas. Ousado, Yagub transformou um apartamento de 18 metros quadrados (m²) em restaurante, onde recebe clientes do mundo todo.
“O Projeto Apartamento é mais que um restaurante e um lar. No começo, era também uma academia culinária. E nós, ainda hoje, realizamos eventos aqui, para promover produtos especiais”, afirma o chef.
E uma curiosidade: além do futebol brasileiro, a capoeira tem muitos admiradores no Azerbaijão. Tanto é que existe uma Federação de Capoeira no país. “Capoeira não é só um esporte, é um modo de vida. A combinação de dança, música e luta me faz amar esse esporte”, diz o vice-presidente da federação, Elgiz Alizada.
O episódio Azerbaijão – nação jovem, histórias milenares vai ao ar neste domingo (16/04) às 22h, na TV Brasil.
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Fonte: EBC GERAL


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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