MATO GROSSO
Governo de MT passa a ter a maior central de análise balística do país
MATO GROSSO
O Governo de Mato Grosso passa a ter a maior central de análise balística do país, com a implantação de três equipamentos do Sistema Automatizado de Indexação Balística (SIB) na Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). A tecnologia permite a correlação entre as armas de fogo suspeitas e os elementos de munição recolhidos nos locais de perícia, auxiliando, assim, na identificação de suspeitos de crimes cometidos com armas de fogo, como roubos e homicídios.
A fase final da implantação do sistema foi realizada nesta quarta-feira (19.04), com a visita técnica de representantes do Comitê Gestor do Sistema Nacional de Análise Balística (Sinab), da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), para treinamento do protocolo de operações do sistema.
Na ocasião, além de lançar a nova ferramenta, que foi interligada ao Sistema Nacional de Análise Balística, a Politec também recebeu do Governo do Estado 18 novas viaturas, sendo 10 rabecões para transporte de cadáveres e oito caminhonetes para auxílio nas atividades de perícia.
O Secretário de Estado de Segurança Pública, coronel César Augusto Roveri, ressaltou a importância dos investimentos do Governo e afirmou que, com a nova ferramenta, Mato Grosso passa a ser destaque no mapa nacional das análises balísticas, contribuindo com as investigações criminais.
“O Governo tem investido muito na Segurança Pública, e com a Politec não seria diferente. São cerca de R$ 20 milhões, dos quais R$ 13 milhões são de aporte exclusivo do Estado de Mato Grosso. Temos parceria com o Governo Federal, emendas de deputados da Assembleia Legislativa, e estamos entregando viaturas e modernizando nossos laboratórios para que os nossos profissionais, que já são capacitados, deem respostas e soluções para a sociedade”.
O diretor-geral da Politec, Rubens Sadao Okada, ressaltou que as entregas representam investimentos inéditos na história da instituição, e que a interligação da ferramenta ao Sinab vai possibilitar maior assertividade na resolução dos casos.
“Com esse sistema, a perícia passa para um outro patamar. Passamos a ter o DNA balístico, podemos dizer. Vamos inserir os elementos balísticos dos crimes no sistema nacional e interligar o ocorrido com outros crimes que foram cometidos com uso da mesma arma em outros estados. Então, o criminoso, ao ser identificado, responde não apenas pelo crime cometido em Mato Grosso, mas por todos em que a arma utilizada estiver correlacionada no sistema, segundo o sistema”.
Tecnologia de ponta
Foram entregues para a Politec três Sistemas Automatizados de Indexação Balística (SIB) da marca canadense Ibis (Integrated Ballistic Identification System), sendo dois adquiridos com recursos do Estado e um doado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública. Cada equipamento conta dois tipos de scanners, sendo um para projéteis e outro para estojos, e uma estação de análise.
O SIB é um dos sistemas mais avançados do mundo, sendo utilizado pelas forças de segurança de mais de 80 países, dentre elas a Interpol.
A comparação balística automatizada é feita a partir de um projétil ou estojo encontrado no local de crime com aquele resultante do teste da arma de um suspeito. O exame consiste na análise microscópica dos sinais e deformações produzidas durante o atrito entre o projétil e o cano da arma após o disparo, que são capazes de identificar se os projéteis foram ejetados pela mesma arma.
O SIB possibilita a comparação dos elementos de munição (projéteis e estojos) armazenados no Banco Nacional de Perfis Balísticos, do Sistema Nacional de Análise Balística. Mato Grosso é o 16º Estado a integrar os sistemas.
De acordo com o representante do Centro-Oeste no Comitê Gestor do Sinab, Rodrigo Londi, nesta quarta-feira, os agentes da Politec passaram por alinhamento de procedimentos das análises para a resolução de mais crimes, e para a correlação entre os vestígios de armas usadas em diferentes estados do Brasil.
“Com a capacitação, os peritos de Mato Grosso estão aptos à operação do Sinab. É um grande passo para a balística forense e criminalística nacional”, avaliou.
O gerente de perícias de balística da Politec, José Roque Arfeli Junior, afirmou que a ferramenta investigativa irá contribuir diretamente na maior resolutividade dos casos.
“O sistema consegue mapear o uso da arma em diferentes casos e localidades. Eu escaneio, submeto essa imagem para nuvem e mando sincronizar. Saímos da análise manual de um a um no microscópio óptico para um sistema que tem a possibilidade de correlacionar crimes que não estão sendo investigados, ou casos “abertos”. Algo que a gente faz um a um mecanicamente, agora será feito de forma automatizada. É um investimento que irá trazer excelentes resultados”, avaliou o gerente.
Atualmente, os exames de microcomparação balística de materiais de todo o Estado são realizados na Gerência de Perícias de Balística, na Capital, além de exames de eficiência, metalográfico (recuperação das numerações de série destruídas), de comparação balística e de real funcionamento de armas de fogo. Já as unidades regionais do interior realizam os exames balísticos, exceto o de confronto balístico.
Viaturas
O investimento total para compra das viaturas foi de R$ 4.926.750, realizado por meio de recursos federais e estaduais. Os veículos especiais para transporte de cadáveres (rabecões) serão destinados para dez unidades da Politec, sendo elas: Cuiabá, Rondonópolis, Sinop, Nova Mutum, Juína, Tangará da Serra, Água Boa, Confresa, Cáceres e Pontes e Lacerda.
As caminhonetes, por sua vez, serão destinadas para as cinco coordenadorias regionais da Politec, em Rondonópolis, Sinop, Tangará da Serra, Barra do Garças, Cáceres, além de Cuiabá.
Fonte: Governo MT – MT


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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