BRASIL
Da poluição ao berçário da vida marinha: passeio atrai turistas no Rio
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A presença dos botos é uma das atrações do berçário da vida marinha da Baía de Guanabara e do seu entorno, no Rio de Janeiro. O passeio ecológico tem conquistado turistas e moradores do próprio do estado e está localizado na Área de Proteção Ambiental (APA) de Guapimirim, na região metropolitana do Rio.
O presidente da Cooperativa de Catadores de Caranguejo da Baía de Guanabara, Alaildo Malafaia, tem um olhar otimista pela presença dos animais na região. “O boto escolheu a Baía de Guanabara para se alimentar. O boto é indicador de água boa, se ele resiste é porque tem muita vida ainda”, disse à Agência Brasil, antes de sair para o passeio na condução de um barco.
A transformação do local, historicamente poluído, em uma área habitada por botos-cinza foi possível com ajuda de programas como o Guardiões do Mar, que desenvolve o projeto Caranguejo Uçá, que têm garantido a recuperação do manguezal e a renda dos catadores.
Duas vezes por ano, a organização não governamental realiza um dia de limpeza na Baía de Guanabara e retira toneladas de lixo que, se permanecerem no local, impactarão a vida do berçário marinho.
Cartões-postais
Depois de passar pelos rios Guapi-Macacu e Guaraí, acompanhado por garças, colhereiros-rosa e outras aves, o barco entra na Baía de Guanabara, onde se pode avistar cartões-postais da cidade do Rio de Janeiro. Entre eles estão o Cristo Redentor, o Pão de Açúcar e as cadeias montanhosas da região serrana do estado, onde se localiza o Dedo de Deus. Também é possível ver os currais de pesca espalhados no espelho d’água, que garantem a renda de pescadores artesanais.
“Os índios já pescavam assim, só que eles tiravam madeira de mangue para fazer os currais e continuaram por muitos anos”, contou o presidente da Cooperativa de catadores. Ele acrescentou que a construção começou a ser feita com eucalipto e bambu, depois da criação da APA Guapi, em 1984, para inibir o desmatamento no manguezal, que anteriormente era provocado pela atuação de olarias na produção de tijolos.
Balneário
A etapa seguinte do passeio é uma visita por terra ao Píer da Piedade e à Praia do Remanso, a única com balneabilidade da Baía de Guanabara. A praia recebeu o selo internacional de preservação ambiental pela Foundation for Environmental Education. De lá, a próxima parada é a visita à Igreja de São Francisco do Croará, que tem imagens trazidas de Macau e, por isso, os santos têm características orientais. Na mesma região, uma outra atração é o Mirante de Mauá.
Estação de trem
O último ponto da viagem é a Guia de Pacobaíba, inaugurada em 30 de abril de 1854 como estação inicial da Estrada de Ferro Mauá. Essa é a primeira estação de trens no Brasil e atualmente é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Em 1945 recebeu então o nome de Guia de Pacobaíba, que é o local da freguesia onde está erguida. Inicialmente, havia 14,5 quilômetros de via férrea no Brasil, ligando Porto de Estrela, atualmente Porto Mauá, em direção a Petrópolis.
*A repórter e a fotógrafa viajaram a convite da Fundação Boticário
Fonte: EBC GERAL


BRASIL
Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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