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Operação contra crime organizado prende três lideranças de facções
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Uma megaoperação realizada hoje (10) em 13 estados prendeu ao menos três líderes de facções criminosas, informou, em São Paulo, Mário Sarrubbo, que preside o Grupo Nacional de Combate ao Crime Organizado (GNCOC). Ele é procurador-geral de Justiça do estado.
Um dos líderes, preso na capital paulista na manhã de hoje, era integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC), no Espírito Santo. Também foram presas uma liderança do PCC no Rio Grande do Sul e uma do Comando Vermelho, no Pará. Os nomes dessas lideranças não foram divulgados pelo Ministério Público.
O objetivo da ação – efetivada pelo Grupo Nacional de Combate ao Crime Organizado – é desarticular organizações violentas que atuam tanto nos sistemas prisionais quanto nas ruas do país, efetuando prisões e coletando provas. A operação ocorre de forma simultânea no Acre, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rondônia, Pará, Paraná, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
“O crime está organizado e articulado, então é necessário que as instituições do estado também trabalhem de forma absolutamente articulada”, disse Sarrubbo, durante entrevista na capital paulista.
Segundo ele, a operação foi articulada em São Paulo. “Fizemos um movimento, a partir de São Paulo, de distribuição, articulação e conhecimento desses dados que tínhamos armazenado aqui em São Paulo [sobre facções criminosas]. Esses dados foram compartilhados com vários Gaecos [Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado] do Brasil. Com isso, fizemos uma operação articulada em nível nacional para que pudéssemos golpear, de forma efetiva, a criminalidade organizada”, explicou.
Mandados de prisão
Durante a operação, estão sendo cumpridos 228 mandados de prisão e 223 mandados de busca e apreensão contra membros de facções criminosas que integram o Primeiro Comando da Capital (PCC), o Comando Vermelho e a Família do Norte. Os Ministérios Públicos envolvidos na operação ainda não divulgaram um balanço sobre quantos desses mandados já foram cumpridos até o momento, mas há uma previsão de que isso ocorra até o fim desta tarde. Entre os crimes investigados estão o tráfico de drogas e a lavagem de valores.
“Ainda não temos um número final, mas foi um número grande de presos. Algumas lideranças em nível nacional e estadual estão sendo detidas. Uma grande liderança do Espírito Santo foi presa aqui em São Paulo, na capital. Também houve prisão de grandes lideranças de facção no Rio Grande do Sul e no Pará”, revelou Sarrubbo. Para ele, não é possível ainda determinar a quantidade de material apreendido entre drogas, dinheiro, computadores, documentos, celulares e pistolas semiautomáticas que os Ministérios Públicos acreditam “que possam ter sido usadas em execuções e podem ajudar a esclarecer crimes”.
Todo esse material apreendido, disse Sarrubbo, será utilizado para investigações e para alimentar futuras operações contra essas facções.
Ação nos estados
Veja como a operação foi desencadeada em cada um dos estados envolvidos:
Acre: a operação desencadeada pelo Gaeco do Acre, em conjunto com a Polícia Militar, foi chamada de Red Flag [bandeira vermelha] e tinha o objetivo de efetivar 25 prisões e cumprir 12 mandados de busca e apreensão nos municípios de Rio Branco e Porto Acre. O nome da operação é uma alusão à cor usada pela facção criminosa alvo da ação.
Bahia e Sergipe: a operação Sintonia cumpriu oito mandados de busca e apreensão nas cidades de Camaçari, Feira de Santana, Andaraí e Itaetê; além de um mandado em Aracaju (Sergipe). Os alvos integram uma ramificação da organização criminosa que atua no tráfico de drogas na região da Chapada Diamantina.
Ceará: a operação Sintonia tinha o objetivo de cumprir oito mandados de prisão preventiva em Fortaleza. O foco é um cearense que atua como uma das lideranças de uma organização criminosa na Guiana Francesa.
Espírito Santo e São Paulo: as ações no Espírito Santo decorrem de investigação iniciada em agosto de 2022, denominada Sintonia. Visa a identificação e prisão de integrantes da facção Primeiro Comando da Capital (PCC). Estão sendo cumpridos 23 mandados de prisão e 29 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Jacareí (SP), Cachoeiro de Itapemirim, Castelo, Vitória, Vila Velha, Viana, Serra e Cariacica (ES).
Goiás: a operação Sintonia Goiás visa cumprir 70 mandados de prisão preventiva e 38 mandados de busca e apreensão contra membros de uma facção criminosa que integram a célula denominada Sintonia. Até as 10 horas de hoje, 56 integrantes da facção foram presos. Segundo o Ministério Público de Goiás, essa organização praticava crimes graves, como tráfico de drogas, roubos, furtos (inclusive de agência bancária com uso de material explosivo) e homicídios.
Mato Grosso do Sul: as ações derivam de investigação iniciada em 2023, chamada Sintonia 2, cujo objeto é a identificação e prisão de oito integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) com atuação no estado. Os mandados foram cumpridos em Campo Grande.
Minas Gerais: o Ministério Público realiza três operações no estado, que foram chamadas de Cascavel, Escritório do Crime e Quebrando a Banca. Estão sendo cumpridos 28 mandados de prisão, 87 de busca e apreensão e dois de sequestros de bens.
Rondônia: são cumpridos 30 mandados de prisão.
Paraná: 25 mandados de busca e apreensão e três de prisão estão em curso. Os mandados de prisão estão sendo cumpridos em Curitiba, região metropolitana e Paranaguá.
Pará: prisão de uma liderança.
Tocantins: são 39 mandados de prisão por meio de duas operações: a Sintonia e a Collapsus, que têm como foco principal membros do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Fonte: EBC GERAL


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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