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Executivo federal prepara estratégia para digitalizar mais serviços oferecidos ao cidadão

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O secretário de Governo Digital do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Rogério Mascarenhas, disse aos deputados do grupo de trabalho da Câmara dos Deputados sobre digitalização e desburocratização que, até o fim do ano, o governo deve concluir uma nova estratégia de governo digital, que também poderá ser utilizada por estados e municípios.

Mascarenhas, que participou de debate na semana passada na Câmara, disse ainda que a meta para 2023 é ter na plataforma gov.br 100% dos serviços federais que podem ser digitalizados. Seriam 4.769 serviços, dos quais, hoje, 89% estão na plataforma.

Em relação à carteira de identidade digital, que usa o número do CPF, a ideia é que até meados de novembro todos os estados já estejam emitindo. Hoje são 11 estados.

Mascarenhas disse que a plataforma gov.br tem 147 milhões de usuários, 267 portais integrados e 190 milhões de visualizações por mês. A declaração de Imposto de Renda pré-preenchida facilitou a qualificação prata e ouro dos usuários, que já chegam a 65 milhões. 27 estados se uniram ao gov.br, mas, entre os municípios, apenas 171.

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Publicidade dos serviços
Para o secretário extraordinário de Reforma do Estado, Francisco Gaetani, o governo ainda precisa conversar muito com o cidadão para que ele conheça os serviços oferecidos e saiba utilizá-los.

“Nós não podemos ter um serviço público desconhecido pela sociedade. Porque se você tem uma percepção de que o serviço público é intratável, ele é vendido como descartável como tivemos no governo anterior.”

Interação entre os dados
Segundo o secretário de Gestão Corporativa da Receita Federal, Juliano Neves, o governo precisa trabalhar “em nuvem” para que os dados possam interagir. “Os senhores conseguem imaginar um futuro muito próximo onde 100% dos autos de infração feitos pela Receita vão ser impugnados e quem vai fazer a peça da impugnação é um robô, um ChatGPT”, provocou o secretário.

Segundo ele, as pessoas vão pedir ao robô que faça uma peça contra a Receita usando teses vencedoras do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). “E aí eu vou ser atropelado por milhões de peças bem-feitas, com jurisprudência vencedora, e eu vou avaliar isso como? Na mão? ”, questionou.

Tecnologia
O representante da Confederação Nacional dos Municípios Emerson Souto disse que falta infraestrutura de telecomunicação em muitos lugares e até qualificação para lidar com as tecnologias.

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A deputada Carol Dartora (PT-PR), que já foi vereadora na cidade de Curitiba (PR), citou ainda as dificuldades orçamentárias. “Pensar os desafios orçamentários que os municípios têm para efetivar esses serviços e conseguir consolidar uma infraestrutura que permita que a gente operacionalize a inovação, (isso) é realmente um desafio muito grande”, disse Carol.

O representante da Casa Civil, Pedro Helena Machado, por sua vez, disse que o governo está atento à melhoria da qualidade dos serviços públicos e não apenas aos custos.

Machado afirmou ainda que não é verdade que o Estado brasileiro tenha muitos servidores. Segundo ele, o Executivo tem cerca de 600 mil servidores, sendo que 200 mil estão no ensino superior, 100 mil na saúde e sobram 200 mil para o restante. Nos Estados Unidos, comparou, são 400 mil civis somente para lidar com os veteranos de guerra.

Reportagem – Sílvia Mugnatto
Edição – Natalia Doederlein

Fonte: Câmara dos Deputados

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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