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Deputados pedem que Câmara manifeste repúdio a racismo contra Vini Jr. na Espanha

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O mais recente episódio de racismo sofrido pelo atacante brasileiro Vinícius Júnior, do Real Madrid, chamou a atenção dos deputados que falaram em Plenário nesta terça-feira (23). Já foram apresentados mais de dez requerimentos de solidariedade ao jogador brasileiro e de repúdio à Liga Espanhola.

Deputados cobraram ainda reuniões com diplomatas espanhóis para tratar de racismo no futebol.

Vini Jr foi alvo de insultos racistas em um jogo do Campeonato Espanhol realizado no último domingo (21) e acabou expulso da partida. O episódio gerou uma onda de solidariedade entre autoridades brasileiras e cobranças de ações contra o racismo por parte da Liga Espanhola.

Autor de uma das propostas, o deputado Fabio Garcia (União-MT) defendeu que a Câmara dos Deputados se posicione sobre o ocorrido com a aprovação de moção de repúdio aos atos racistas. “É absolutamente inaceitável o comportamento desses torcedores racistas e também inaceitável o comportamento do presidente da Liga Espanhola de Futebol, que negligencia os atos racistas”, criticou.

O deputado Chico Alencar (Psol-RJ) também defendeu a aprovação de uma moção em solidariedade ao jogador. “Todos devemos nos manifestar. Espero que esta Casa, de maneira unânime, esteja engajada no repúdio às atitudes racistas e preconceituosas que apequenam a humanidade como um todo”, disse. Alencar afirmou que o Psol vai encaminhar requerimento ao embaixador espanhol no Brasil.

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Coordenadora da Frente Parlamentar Mista Antirracismo, a deputada Dandara (PT-MG) anunciou que se reuniu com diplomatas brasileiros, espanhóis e europeus para apresentar propostas contra o racismo. “Achamos que é fundamental retomar o grupo de trabalho permanente sobre racismo e esporte”, defendeu.

Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Sessão Deliberativa. Dep. Dandara (PT - MG)
Dandara: “É fundamental retomar o grupo de trabalho sobre racismo e esporte”

O deputado Abilio Brunini (PL-MT) afirmou que a luta contra o racismo deve unir esquerda e direita. “Ninguém que se preze deve defender ou deve apoiar qualquer atitude de racismo ou preconceito. Eu peço que a Câmara, de forma uníssona, manifeste-se contrária às atitudes dos torcedores em desfavor dos jogadores brasileiros na Espanha”, disse.

Para o deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS), não pode haver tolerância com o racismo no esporte. “Não basta não ser racista, tem que ser antirracista. Esta Casa, qualquer cidadão, vendo um ato de racismo, tem que reagir, tem que se indignar. A nossa indignação é que vai fazer a diferença”, avaliou.

A deputada Lídice da Mata (PSB-BA) também defendeu a aprovação de uma moção para marcar a posição da Câmara dos Deputados sobre o caso e enalteceu a reação do governo brasileiro no mesmo dia do ocorrido.

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“O racismo é odioso, e o presidente da República e o governo federal declararam à Espanha que esperam uma punição efetiva contra o racismo, contra essa manifestação odiosa”, disse. A polícia espanhola divulgou nesta terça-feira que prendeu alguns dos envolvidos nos insultos racistas.

Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Pierre Triboli

Fonte: Câmara dos Deputados

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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