MATO GROSSO
Campanha Junho Violeta em MT é Lei de Botelho. Além de alertar para o combate à violência contra idosos, abre reflexões sobre novo cenário da “melhor idade”
MATO GROSSO
Longevidade. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que a expectativa de vida do brasileiro aumentou. Em 2021, era de 72,8 anos e subiu para 76,2 anos neste ano. Em 2100, deve alcançar 88,2 anos. Refletir sobre os impactos desse novo cenário está entre as metas do deputado Eduardo Botelho, presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), ao criar a Lei 12.076, que institui a campanha Junho Violeta no Estado, em alusão ao Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa. A data celebrada mundialmente hoje (15 de junho), incentiva ações de mobilização, sensibilização, prevenção e conscientização da população em relação a todos os tipos de violência.
No calendário anual do Estado, “o Junho Violeta chama atenção da sociedade para olhar as necessidades de forma global dos idosos. Daqui a pouco, teremos muito mais pessoas com mais de 60 anos entre nós, do que jovens. Os números do IBGE estão aí para nos alertar sobre um novo cenário. Outra coisa: temos que dar fim às agressões, que acontecem principalmente, dentro de casa e minimizar as situações de vulnerabilidades, pois ninguém deve ser deixado para trás porque envelheceu”, contextualiza Botelho sobre as reflexões que englobam a Lei 12.076, sancionada pelo governo estadual, em 17 de abril deste ano.

Estima-se que em 2025, o país terá, conforme o Estatuto do Idoso, cerca de 32 milhões de pessoas com mais de 60 anos. “Todos nós seremos idosos um dia. O jovem de hoje é o idoso de amanhã. Então, temos que aperfeiçoar o tratamento com a ‘melhor idade’. Pedimos mais respeito, carinho e amor”, desabafa o poeta Deiran Rudy, 63 anos, há mais de dois anos, acolhido no Lar Bom Jesus de Cuiabá.

Deiran está certo. O envelhecimento da população e a maior longevidade representam novos desafios. Nos primeiros cinco meses de 2023, o Disque 100, do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC), recebeu mais de 47 mil denúncias de violência cometidas contra pessoas idosas, que apontam para cerca de 280 mil violações de direitos como violência física, psicológica, negligência e exploração financeira ou material. Cada denúncia pode ter mais de um tipo de violação de direitos.
“Cuidar e proteger os idosos são responsabilidades, que devem ser assumidas pelo cidadão, órgãos governamentais e a sociedade civil organizada. Eu assumi o compromisso de evitar que a violência impeça a população idosa de viver bem e melhor. Por isso, convido que todos façam esse pacto também, pois a vida de todos importa, independentemente da idade”, afirmou Botelho.
A Lei 12.076, voltada para conscientização da garantia dos direitos humanos e do enfrentamento à violência contra os idosos, segundo a Assistente Social do Lar Bom Jesus de Cuiabá, Adeline Basano Magalhães, representa uma evolução. “Temos que trabalhar esse olhar em relação ao idoso nas escolas, faculdades, ou seja, mudar a cultura de como estamos tratando hoje a pessoa com mais de 60 anos. Saber escutar e ter mais paciência são itens fundamentais para atender com qualidade esse público”, alerta Adeline, há 17 anos, no Lar Bom Jesus de Cuiabá, que hoje conta com 81 idosos abrigados.
O Dia D da campanha conscientiza ainda sobre o fim das agressões físicas, psicológicas e patrimoniais. Uma vez que o Estatuto do Idoso estabelece que: nenhum idoso deverá ser objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão. “Todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, tem de ser punido”, frisa o Estatuto.

Onde procurar orientação ou denunciar?
– Unidades municipais de saúde;
– Delegacias;
– Disque 100 (Direitos Humanos); – 190: Polícia Militar (para situações de risco eminente).


MATO GROSSO
Especialista dá dicas de como superar escassez de mão de obra na suinocultura

A falta de mão de obra é um problema que atinge diversas cadeias do setor produtivo, na suinocultura não é diferente, e a escassez de mão de obra e a alta rotatividade de colaboradores afetam diretamente a produtividade e o custo de produção em uma granja. Com a relevância do tema, o médico-veterinário, especialista em Liderança, Engajamento e Produtividade na Suinocultura, Leandro Trindade, apontou os principais desafios e oportunidades para atrair e reter talentos durante o 4º Simpósio da Suinocultura de Mato Grosso.
De acordo com levantamento realizado pela Metodologia Boas Práticas de Liderança (BPL), idealizado por Trindade, a rotatividade dentro das granjas, fenômeno cada vez mais constante, tem elevado os custos da atividade. “O impacto no negócio é direto, e o custo pela substituição de um colaborador pode chegar a 300% do salário anual dele. A repetição de processos, o tempo gasto com treinamento, instabilidade e queda de produtividade são reflexos dessa constante troca de funcionários”, explicou.
Ainda segundo o levantamento, realizado entre 2012 e 2025 em entrevistas nas granjas, a remuneração inadequada não é um dos principais fatores para a falta de engajamento dos colaboradores.
“Chefe ruim (87%), falta de reconhecimento (78%), condições de trabalho (61%), comunicação ineficaz (58%) e só então remuneração inadequada (39%) montam o ranking de principais causas de afastamento dos colaboradores das granjas. Isso mostra a importância de escolher um líder capacitado para lidar com equipes”, pontuou.
Trindade completa que atualmente o ambiente de trabalho tem maior peso na escolha do colaborador do que o salário. “Clima respeitoso, oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional, jornada de trabalho que permita cuidar da vida pessoal, infraestrutura e reconhecimento do valor do trabalho são pontos que precisam ser trabalhados e colocados como prioridade para conseguir incentivar e engajar um colaborador”.
O vice-presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) e suinocultor, Moisés Sachetti, a pauta abordada durante o evento foi muito bem recebida pelos participantes, visto que é um problema recorrente no setor produtivo.
“É um problema enfrentado não só aqui em Mato Grosso, mas no Brasil. É um problema crescente no agronegócio brasileiro, afetando a produção e a eficiência do setor. Este fenômeno é resultado de uma combinação de fatores, como a falta de qualificação da mão de obra disponível, condições de trabalho no e até mesmo de gestão de pessoas”, afirmou Sachetti ao reforçar que é preciso atenção para evitar que o problema se agrave e acabe comprometendo a produção do setor produtivo.
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