POLITÍCA NACIONAL
Renovação de contratos de concessões rodoviárias é tema de debate nesta terça-feira
POLITÍCA NACIONAL
A Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados discute nesta terça-feira (20) a renovação de contratos de concessões rodoviárias. “Com mais de 1,7 milhão de quilômetros de extensão, a malha rodoviária brasileira é majoritariamente composta por rodovias estaduais, municipais e federais, sendo estas últimas equivalentes a mais de 80 mil quilômetros, fazendo a interligação de norte a sul do País”, informa o presidente do colegiado, deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP), que pediu a realização do debate.
De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), continua o parlamentar, apenas 13% das rodovias brasileiras são pavimentadas.
“As concessões rodoviárias para a iniciativa privada têm contribuído para aumentar a extensão de estradas pavimentadas e melhorar a qualidade das vias, o que por sua vez facilita a realização de negócios, locomoção das pessoas e escoamento de cargas”, afirma.
Por outro lado, o deputado reconhece que o alto valor dos pedágios causa polêmica e insatisfação entre os usuários das rodovias, especialmente aqueles que precisam utilizar essas vias com frequência. “Além disso, há casos de má gestão e corrupção envolvendo as concessões, o que pode resultar em prejuízos ainda maiores para a população”, diz Madureira.
O sistema de concessão por meio de licitação consiste na transferência de um serviço público à iniciativa privada por prazo determinado, no caso das rodovias a validade é de 20 a 30 anos.
Pedágios paulistas
O deputado Bruno Ganem (Pode-SP), outro idealizador da reunião da terça, quer discutir especificamente a situação da cobrança de pedágio em São Paulo, que tem as taxas mais caras do País. “Os preços elevados dos pedágios em SP têm gerado críticas e debates sobre sua justiça e transparência.”
Foram convidados para discutir o assunto:
– o gerente de Projeto da Secretaria Nacional de Transporte Rodoviário do Ministério dos Transportes , Rafael Inácio Marques Veloso;
– o diretor de Outorgas Substituto da Secretaria Nacional de Transporte Rodoviário do Ministério dos Transportes, Anderson Santos Bellas;
– a auditora-chefe da Unidade de Auditoria Especializada em Infraestrutura Rodoviária e de Aviação Civil do Tribunal de Contas da União (TCU), Laura Avila Berlinck;
– o procurador da República em São Paulo Guilherme Rocha Göpfert;
– o superintendente de Infraestrutura Rodoviária da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Roger da Silva Pêgas;
– o presidente da Melhores Rodovias do Brasil (ABCR), Marco Aurélio Barcelos, representando também o grupo CCR e a AB Concessões.
A audiência será realizada às 16 horas, em local a ser definido.
Da Redação – ND
Fonte: Câmara dos Deputados


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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