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Imóvel histórico e cultural de Poxoréu é restaurado pelo Governo de Mato Grosso

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Uma das casas mais simbólicas do município de Poxoréu (a 254 quilômetros de Cuiabá) foi restaurada pelo Governo de Mato Grosso e entregue à família da dona Joverci Bento da Silva, 73 anos, que vive na cidade desde os tempos áureos da era do diamante. A reforma foi realizada por meio do edital MT Preservar, da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT), e revitalizou o imóvel tombado, que representa um importante momento da história e da cultura de Mato Grosso.

Por meio da reforma, a dona Joverci ganhou mais que um imóvel restaurado, passou a ter perspectiva de uma vida mais tranquila e segura. “Eu estou muito feliz. Foi uma coisa que eu sempre sonhei, ter minha casa arrumada. Ela era toda a minha vida, eu batalhei muito, ralei muito para comprar um imóvel. Estava vendo minha casa cair e eu indo morar debaixo da ponte, porque não tenho dinheiro para pagar aluguel. Agradeço a todos da cidade, ao senhor Éden, que propôs o projeto, ao arquiteto, ao Governo do Estado, a todos que colaboraram com a reforma da minha casa, que ficou muito bonita.  Deus abençoe a todos que me ajudaram. Agora vou voltar pra minha casa, aproveitar meu resto de vida dentro dela”.

O imóvel tombado está localizado no centro histórico de Poxoréu, conhecida como a Capital do Diamante. Em um lugar simbólico do município, na esquina das ruas Bahia e Mato Grosso, a casa fica próxima ao rio e na região onde ficavam os bordéis da cidade na época do garimpo. Depois, com a decadência da mineração, os imóveis foram perdendo o uso comercial, e foi quando dona Joverci conseguiu comprar a casa.

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“Além de ser uma residência tombada, a casa de dona Joverci tem uma relevância histórica e cultural para Mato Grosso. Apesar de ser um imóvel privado, ele detém qualidade arquitetônica que o faz se destacar na paisagem, e é muito importante que o Estado tenha políticas públicas de incentivo, como o edital MT Preservar, porque a preservação do patrimônio também é um direito difuso da sociedade”, destaca o superintendente de Preservação do Patrimônio Histórico e Museológico da Secel, Robinson Araújo.

Ele explica que a casa recebeu intervenções no telhado, alvenarias, instalações elétricas e hidrossanitárias, esquadrias, pisos e revestimentos externos e internos. A obra começou em setembro de 2022 e foi finalizada no final de junho. “Quem olha por fora, vê apenas a pintura e conserto de portas e janelas. Mas a casa estava correndo risco de desabamento, e foi necessário mexer em toda estrutura. Além da obra em si, ainda precisa seguir técnicas de construção que garantem a conservação da arquitetura original”, explica Robinson.

O produtor cultural que aprovou o projeto no MT Preservar, Éden Costa Barbosa, lembra que o imóvel representa um pedaço valioso da história local, e sua restauração é um marco importante para a preservação do patrimônio cultural de Poxoréu. Tanto que, apesar das dificuldades da execução da obra em si, o projeto foi abraçado pela população. Muitos moradores trabalharam voluntariamente, engajados no objetivo de devolver a casa para dona Joverci e recuperar o símbolo da cultura da região.

“O endereço já foi um dos pontos mais badalados do Estado e guarda boas memórias da Capital dos Diamantes. O resultado é uma casa viva e restaurada, que preserva a arquitetura original do casarão ao mesmo tempo em que resgata todo o encanto e a autenticidade de seu passado. Além disso, irá proporcionar vida digna e segura para os que residem no imóvel há décadas”, comenta o produtor cultural.

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A cerimônia de entrega foi um momento de comemoração na cidade e toda comunidade fez questão de participar.
Créditos: Angorá Filmes

Outro objetivo é que a casa possa voltar a ser ponto de encontro de moradores, e um espaço onde eles se reconheçam e percebam a importância de preservar a história e a cultura de um povo. A cerimônia de entrega da casa, realizada no dia 30 de junho, foi um momento de comemoração, e toda comunidade fez questão de participar. Além dos moradores e autoridades locais, também estiveram presentes o superintendente e a coordenadora de Preservação do Patrimônio Histórico e Museológico da Secel, Robinson Araújo e Maria Bárbara Thame Guimarães, e a superintendente de Desenvolvimento da Economia Criativa da Secel, Keiko Okamura.

Além do Governo de Mato Grosso e do trabalho voluntário de moradores locais, o projeto contou com o apoio da Associação Partilhar, Centro Juvenil São João Batista, Rotary Club de Poxoréu, Film Commission Rio dos Bororos, Secretaria de Cultura e Turismo de Poxoréu, Secretaria de Assistência Social de Poxoréu, Ofertão Materiais para Construção, Campanha Mãos Unidas Transformando Vidas e Centro Social Cláudio Zebeloni.

Robinson Araújo (Secel-MT), dona Joverci e o proponente do projeto, Éden Barbosa.
Créditos: Angorá Filmes
Giovani Gabriel (arquiteto da obra), Éden Barbosa (proponente do projeto), Robinson Araújo (Secel), Maria Bárbara Guimarães (Secel), Keiko Okamura (Secel)
Créditos: Angorá Filmes
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Audiência pública sobre obras inacabadas do BRT em Cuiabá é marcada pela ausência do governo estadual

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Na tarde desta sexta-feira (14), a Câmara Municipal de Cuiabá sediou uma audiência pública convocada pela Comissão de Obras, com o intuito de discutir os avanços e os desafios das obras do BRT na cidade. Presidida pelo vereador Alex Rodrigues, a audiência contou com a presença dos vereadores Dídimo Vovô, Ildes Taques, Demilson Nogueira, Dilemário Alencar, Jefferson Siqueira, Eduardo Magalhães, Paula Calil e Daniel Monteiro.

O evento também reuniu representantes de diversas entidades e órgãos importantes, como Paulo Cesar (Diretor de Trânsito da SEMOB), Kamila Auxiliadora (Conselho de Arquitetura e Urbanismo), Juliano Brustolin (Vice-presidente da Comissão de Acompanhamento Legislativo), Junior Macagnam (Presidente da CDL), Sebastião Belém (Secretaria de Obras Públicas), José Ademir dos Santos Junior (Empresa J. Prime), Pedro Aquino (Presidente da ASSUT – MT e da Associação dos Usuários do Transporte Público de Cuiabá), Álvaro Bezerra (Diretor da ACEC), Nicolau Cesar (Diretor da SEMOB) e Mauro (Pastoral do Imigrante).

Apesar da ampla participação de autoridades e especialistas, a audiência foi marcada por uma ausência significativa: o governo do estado, responsável pelas obras, não enviou nenhum representante. A ausência foi bastante impactante, considerando que foram 45 dias de organização para a devida audiência. A falta de explicações sobre o andamento da obra e os atrasos no cronograma gerou revolta entre os presentes.

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O presidente da Comissão de Obras, Alex Rodrigues, não escondeu a frustração com a ausência do governo estadual. “A política seria da resultado, a politicagem não. Gostaríamos de saber pelos responsáveis o prazo, o cronograma e o projeto, mas isso não vai diminuir o trabalho da Câmara Municipal de Cuiabá. Vamos continuar nosso trabalho e convidá-los para a próxima reunião da comissão de obras”, afirmou Alex Rodrigues, ressaltando que a população está cobrando respostas sobre o andamento da obra. “Quem nos elegeu está cobrando, que é o povo. O povo não está aqui na audiência porque está trabalhando, tem hora para chegar e sair. E o BRT era para ser um auxílio no dia a dia das pessoas”, completou.

Os impactos das obras inacabadas

Os atrasos nas obras do BRT têm gerado sérios impactos no trânsito de Cuiabá, com reflexos visíveis em várias regiões da cidade. A situação é especialmente crítica em avenidas como a do CPA e Fernando Corrêa, onde as obras têm causado congestionamentos e dificultado o deslocamento da população. A Avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha), um dos principais pontos críticos da obra, ainda não conta com uma solução definitiva para os alagamentos que comprometem a operação dos ônibus elétricos planejados para o sistema.

Além disso, os atrasos têm origem em um impasse entre o governo do estado e o Consórcio Construtor BRT Cuiabá, liderado pela Nova Engevix Engenharia e Projetos S/A. O consórcio, contratado em 2022 por R$468 milhões, afirma que o anteprojeto da obra não previu soluções essenciais, como a macrodrenagem da Prainha, o que tem dificultado a execução do cronograma e gerado mais atrasos.

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Propostas de soluções e próximos passos

Durante a audiência, os vereadores presentes reafirmaram seu compromisso em buscar soluções para destravar a obra e atender às necessidades da população cuiabana. Como próximo passo, os membros da Comissão de Obras Públicas realizarão uma visita técnica aos canteiros de obra para avaliar de perto os avanços e os desafios enfrentados pelo projeto.

“Nosso compromisso é com os cuiabanos. Essa obra precisa andar e atender às necessidades da população”, enfatizou Alex Rodrigues. A visita técnica servirá para que os vereadores possam verificar, pessoalmente, o andamento da obra e buscar alternativas para acelerar sua execução.

A audiência pública foi uma tentativa de dar transparência ao processo e de envolver a população nas discussões sobre o futuro do BRT. A participação dos cidadãos é essencial para que suas demandas sejam ouvidas e consideradas nas decisões que impactam o desenvolvimento da cidade. A Câmara Municipal de Cuiabá continuará a realizar reuniões e audiências sobre o tema, buscando uma solução definitiva para as obras inacabadas que afetam o cotidiano dos cuiabanos.

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