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Maior Plano Safra da história é tema do Brasil em Pauta

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O Plano Safra da Agricultura Familiar foi lançado no final de junho com o maior valor da série histórica. Serão destinados R$ 71,6 bilhões ao Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) para a safra 2023/2024. O valor passa para R$ 77,7 bilhões quando somado a ações como compras públicas, assistência técnica e extensão rural, Política de Garantia de Preços Mínimos para os Produtos da Sociobiodiversidade (PGPM-Bio), Garantia-Safra e Proagro Mais.

O programa Brasil em Pauta, do Canal Gov, entrevista neste domingo (16) a secretária-executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Fernanda Machiaveli, sobre o Pronaf.

“Em junho nós lançamos o maior Plano Safra da história do Brasil para a agricultura familiar, 71,6 bilhões de reais de crédito só para agricultura familiar. Então, a gente tem algumas frentes de destaque nesse Plano Safra, e a principal é a redução de juros para a produção de alimentos, mas também financiamento pesado; a retomada de um grande programa chamado Mais Alimentos, que visa conseguir mecanizar o campo, aumentar a capacidade produtiva, financiando máquinas e implementos agrícolas que vão garantir o aumento da produção de alimentos no Brasil”, destacou Machiaveli.

A secretária-executiva do MDA ressaltou ainda a promoção do acesso à alimentação como forma de incentivar a agricultura familiar, já que, segundo ela, cerca de 44% dos agricultores familiares hoje estão em situação de pobreza e extrema pobreza.

“Então, nós pensamos nessas duas pontas, para garantir que a agricultura familiar estruturada produza os alimentos com qualidade para alimentar a nossa população. Para isso, no início do ano, nos retomamos todos os programas de compras institucionais, e o mais importante é o Programa de Aquisição de Alimentos [PAA]. Esse programa garante a compra da agricultura familiar e leva esse alimento para a rede socioassistencial, que justamente fornece alimentação para quem está em situação de pobreza, quem está em situação de fome”, disse.

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Além disso, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) foi fortalecido com reajuste importante nos repasses para os municípios. “[Cerca de] 30% do valor são destinados para a compra de produtos da agricultura familiar, que vão garantir uma merenda escolar de qualidade, com alimentação de qualidade, diversificada, saudável para as nossas crianças. Para muitas delas, essa é a principal refeição do dia”, disse Machiaveli.

“Além de tudo, nós fizemos uma lei do PAA que estabeleceu uma nova modalidade de compra institucional, quer dizer que 30% da compra de todos os alimentos do governo federal também vão ser da agricultura familiar, compra dos hospitais, dos exércitos, restaurantes, enfim, nós vamos abastecer toda a nossa rede com produtos também oriundos desses agricultores”.

Reforma agrária

De acordo com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), hoje são quase 960 mil famílias de trabalhadores rurais distribuídas em 9.444 assentamentos da reforma agrária, totalizando 87,8 milhões de hectares, em todos os estados. A democratização do acesso à terra para agricultores familiares demanda um conjunto de medidas e ações do poder público, com o objetivo de promover a redistribuição de lotes. De acordo com Fernanda Machiaveli, essas ações já estão previstas no cronograma do ministério.

“Nós construímos o plano emergencial para a reforma agrária, então, nós temos uma série de ações e algumas delas ainda vão ser lançadas, mas, nesse Plano Safra, nós já fizemos dois decretos que têm um impacto muito importante. O primeiro foi o reajuste do Crédito Instalação, [que é] um recurso que esse agricultor vai receber assim que ele chega e a gente aumentou muito os valores. Então, para poder construir a sua casa, naquela área, agora vão ser R$ 75 mil que esse agricultor vai receber de crédito, um crédito também bastante subsidiado para que ele tenha uma casa naquela terra nua que ele recebe; e um Crédito Fomento, esse fomento é para ele começar a produzir, e a gente criou, nesse decreto, além do Fomento Mulher, que foi reajustado, o Fomento Jovem. Então para que aquela mulher que chega para começar a produzir, para que aquele jovem que está chegando naquela propriedade possa ficar, queira ficar e tenha estímulo para começar a sua própria produção”, explicou.

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Além do Crédito Fomento, do Fomento Mulher e do Fomento Jovem, o Crédito Instalação, tem ainda outras modalidades, como Apoio Inicial, Semiárido, Florestal, Recuperação Ambiental, Cacau, Habitacional e Reforma Habitacional. Para ter acesso às modalidades, as famílias devem atender a requisitos como a atualização dos dados no Incra e a inscrição no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). Cada linha do Crédito Instalação tem critérios específicos, indicados no Decreto nº 11.586/2023.

“É uma decisão do nosso governo que as políticas públicas têm que chegar para você, mulher agricultora, você homem agricultor, para você jovem, para você que faz parte dos povos e comunidades tradicionais. Nós queremos levar compras, crédito, assistência técnica para todos os agricultores e agricultoras familiares do nosso Brasil. A gente vai garantir de novo a segurança alimentar do nosso povo no campo e na cidade. Se o campo não planta, a cidade não janta”, afirmou Fernanda Machiaveli.

O programa Brasil em Pauta vai ao ar a partir das 22h30 deste domingo (16), no Canal Gov.

Fonte: EBC GERAL

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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