MATO GROSSO
Ex-presidente e diretoria são apontados como responsáveis por rombo de R$ 400 milhões na Unimed
MATO GROSSO
Após uma auditoria independente contratada pela nova gestão da Unimed Cuiabá, foram descobertos dados alarmantes relacionados ao balanço contábil de 2022 da cooperativa. O resultado positivo de R$ 371,8 mil foi reajustado para um prejuízo contábil de mais de R$ 400 milhões. Essas descobertas levaram à marcação de uma nova Assembleia Geral Extraordinária, que ocorrerá no próximo dia 27 de junho.
O ex-presidente da Diretoria Executiva da Unimed Cuiabá, Rubens de Oliveira Junior, atual diretor de Desenvolvimento de Mercado da Unimed do Brasil e presidente da Federação das Unimeds de Mato Grosso, é apontado como o principal responsável pelo prejuízo. De acordo com a auditoria, Rubens, juntamente com o ex-CEO Eroaldo Oliveira e o ex-presidente do Conselho de Administração, João Bosco Duarte, teriam manipulado os números, maquiando o balanço e possibilitando uma suposta fraude fiscal milionária.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), órgão responsável pela fiscalização dos planos de saúde, já havia questionado as inconsistências contábeis da gestão de Rubens. Desde o segundo trimestre do ano passado, a ANS havia enviado notificações que não foram devidamente respondidas pela gestão anterior.
Além disso, os Conselhos Fiscais também apontaram as inconsistências contábeis nos anos de 2021 e 2022. Segundo fontes da cooperativa, Rubens, Eroaldo e João Bosco teriam omitido repetidamente informações da Unimed Cuiabá aos conselheiros, o que viola o estatuto da cooperativa.
O balanço contábil de 2022 foi apresentado em uma Assembleia Geral Ordinária em 4 de março deste ano pelo ex-CEO Eroaldo de Oliveira, mas acabou sendo reprovado. Agora, com as novas informações reveladas pela auditoria, a cooperativa busca tomar medidas para lidar com a situação e responsabilizar os envolvidos na suposta fraude fiscal.
A nova Assembleia Geral Extraordinária convocada para o próximo dia 27 de junho será uma oportunidade para que os cooperados da Unimed Cuiabá discutam e tomem decisões em relação aos prejuízos contábeis descobertos e ao futuro da cooperativa. A expectativa é que medidas sejam adotadas para recuperar o prejuízo e restaurar a confiança dos cooperados e beneficiários dos planos de saúde da Unimed Cuiabá.


MATO GROSSO
Especialista dá dicas de como superar escassez de mão de obra na suinocultura

A falta de mão de obra é um problema que atinge diversas cadeias do setor produtivo, na suinocultura não é diferente, e a escassez de mão de obra e a alta rotatividade de colaboradores afetam diretamente a produtividade e o custo de produção em uma granja. Com a relevância do tema, o médico-veterinário, especialista em Liderança, Engajamento e Produtividade na Suinocultura, Leandro Trindade, apontou os principais desafios e oportunidades para atrair e reter talentos durante o 4º Simpósio da Suinocultura de Mato Grosso.
De acordo com levantamento realizado pela Metodologia Boas Práticas de Liderança (BPL), idealizado por Trindade, a rotatividade dentro das granjas, fenômeno cada vez mais constante, tem elevado os custos da atividade. “O impacto no negócio é direto, e o custo pela substituição de um colaborador pode chegar a 300% do salário anual dele. A repetição de processos, o tempo gasto com treinamento, instabilidade e queda de produtividade são reflexos dessa constante troca de funcionários”, explicou.
Ainda segundo o levantamento, realizado entre 2012 e 2025 em entrevistas nas granjas, a remuneração inadequada não é um dos principais fatores para a falta de engajamento dos colaboradores.
“Chefe ruim (87%), falta de reconhecimento (78%), condições de trabalho (61%), comunicação ineficaz (58%) e só então remuneração inadequada (39%) montam o ranking de principais causas de afastamento dos colaboradores das granjas. Isso mostra a importância de escolher um líder capacitado para lidar com equipes”, pontuou.
Trindade completa que atualmente o ambiente de trabalho tem maior peso na escolha do colaborador do que o salário. “Clima respeitoso, oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional, jornada de trabalho que permita cuidar da vida pessoal, infraestrutura e reconhecimento do valor do trabalho são pontos que precisam ser trabalhados e colocados como prioridade para conseguir incentivar e engajar um colaborador”.
O vice-presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) e suinocultor, Moisés Sachetti, a pauta abordada durante o evento foi muito bem recebida pelos participantes, visto que é um problema recorrente no setor produtivo.
“É um problema enfrentado não só aqui em Mato Grosso, mas no Brasil. É um problema crescente no agronegócio brasileiro, afetando a produção e a eficiência do setor. Este fenômeno é resultado de uma combinação de fatores, como a falta de qualificação da mão de obra disponível, condições de trabalho no e até mesmo de gestão de pessoas”, afirmou Sachetti ao reforçar que é preciso atenção para evitar que o problema se agrave e acabe comprometendo a produção do setor produtivo.
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