POLITÍCA NACIONAL
Sessão solene faz homenagem a Roberto Campos e à defesa do liberalismo econômico
POLITÍCA NACIONAL
“Um homem à frente do seu tempo”. Esse foi o elogio mais frequente feito durante sessão solene realizada na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (2), em homenagem ao economista Roberto Campos, que teria completado 106 anos em abril.
Com uma longa trajetória pública, Campos ajudou a criar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco Central do Brasil (Bacen). Foi ministro do Planejamento e embaixador. Publicou vários livros, além de ter participado da implantação da caderneta de poupança, do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do Sistema Nacional de Habitação. Roberto Campos morreu em 2001.
Roberto Campos Neto, atual presidente do Banco Central, se emocionou ao homenagear o avô na sessão solene, lembrando a defesa dele à entrada do capital estrangeiro no País, a discordância sobre a reserva de mercado e os elogios à aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal.
“Roberto Campos ficaria contente em saber da aprovação da reforma tributária, especialmente da Lei de Autonomia do Banco Central e mais recentemente da modernização da legislação cambial, algo que ele sempre defendeu. Como entusiasta da tecnologia, meu avô também ficaria satisfeito com os resultados do pix e do open finance e com os trabalhos em andamento para o lançamento do real digital, no âmbito da agenda de inovação que nós promovemos no Banco Central”, afirmou.

Parlamentares na sessão solene defenderam a atuação de Roberto Campos Neto no comando do Banco Central, que, segundo eles, tem sido alvo de ataques por parte de integrantes do governo federal.
O deputado Rodrigo Valadares (União-SE), que propôs a homenagem a Roberto Campos, destacou a contribuição das ideias do economista para as futuras gerações. Ele lamentou que o Brasil esteja na posição 133 em um grupo de 177 países quando se trata de liberdade econômica e salientou a importância da Frente Parlamentar do Livre Mercado.
“A semente que Roberto Campos plantou começa a gerar frutos aqui no País. Sabemos que não é algo que, em cinco ou dez anos, irá transformar a Nação, mas a semente continua a crescer”, disse o deputado.
Deputado federal
Os participantes da sessão solene também ressaltaram a atuação de Roberto Campos como deputado federal por dois mandatos e senador constituinte. Roberto Campos Neto sublinhou que o avô propôs 186 emendas durante a Assembleia Nacional Constituinte, das quais 24 foram aprovadas e 28 parcialmente aprovadas na elaboração da Constituição de 1988.
Reportagem – Cláudio Ferreira
Edição – Ana Chalub
Fonte: Câmara dos Deputados
GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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