MATO GROSSO
MT gera 40,1 mil empregos no 1º semestre; obras do Estado tiveram impacto nas contratações
MATO GROSSO
“Na comparação com o primeiro semestre de 2022, o setor de construção civil cresceu 14,8%, muito estimulado pelas construções de rodovias, ferrovias e obras urbanas que movimentou mais de 50% dos empregos gerados no setor. Todos esses investimentos realizados pela gestão do govenador Mauro Mendes em construção de escolas, retomada das obras da BR-163, rodovias estaduais, hospitais tem refletido na geração de emprego e renda”, destacou o secretário adjunto de Agronegócios e Investimentos, Anderson Lombardi.
Dentro do setor da construção civil, destaca-se a construção de rodovias e ferrovias, que gerou 55,52% de empregos a mais no 1º semestre de 2023 em relação a 2022. O estoque de empregos neste setor era de 4.906 nos primeiros seis meses do ano passado saltou para 7.630 neste ano. Em seguida há o crescimento das obras de urbanização – ruas, praças e calçadas (53,39%); obras de arte especiais – pontes e viadutos (29,71%); obras de terraplanagem (25,28%) e construção de edifícios (11,52%).
A mão de obra contratada com carteira assinada tem perfil jovem. Cerca de 42% dos empregos foram para pessoas de 18 a 24 anos, 67% dos trabalhadores empregados possuem o ensino médio completo, 33% são trabalhadores da produção de bens e serviços industriais. Além disso, 71,6% dos contratados são homens e 28,4% são mulheres.
Alguns setores demitiram mais que contrataram, como a locação de mão de obra temporária, serviços de preparação de terreno, serviços de controle de pragas agrícolas, fabricação de medicamentos de uso veterinário e apoio a extração mineral.
“Depende muito da visão sobre isso, pois houve migração dessa mão de obra. O serviço de preparação de terreno e de locação de mão de obra caiu porque as construções foram para outras fases e muitos passaram a assinar a carteira. No caso do controle das pragas agrícolas, os produtores passaram a utilizar medidas mais sustentáveis no controle de pragas com o uso de bioinsumos. Já em relação a fabricação de medicamentos de uso veterinário, pode ser reflexo da não obrigação de vacinação contra febre aftosa no estado, por estar livre da doença, tanto quanto dos baixos casos de brucelose”, explicou o coordenador do Observatório do Desenvolvimento, Vinicius Hideki Bispo.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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