TARDE DE TERROR
Mulher acusa motorista de tentar sequestro em Cuiabá: “parecia psicopata”
MATO GROSSO
Uma mulher de 49 anos registrou um boletim de ocorrência nesta quinta-feira (24) após passar por momentos de tensão durante uma corrida num carro por aplicativo em Cuiabá. Ela compartilhou áudios relatando que o motorista mudou o trajeto da corrida, travou as portas do carro e não a deixou sair. Ela havia solicitado o carro na região do Belvedere I, empreendimento de luxo no bairro Jardim Imperial, para buscar seu veículo que estava em uma oficina localizada no bairro do Porto, na Capital.
A vítima destaca que, quando o suspeito chegou ao condomínio para buscá-la, ele estava simpático, mas mudou totalmente de postura durante o percurso. À Polícia Civil, a mulher informou que, ao passar em frente ao condomínio Belvedere II, pediu socorro e alguns funcionários de uma empresa que pararam o carro e fizeram o motorista abrir a porta, permitindo que ela saísse do veículo.
“Hoje eu pedi um carro por aplicativo às 13h45 porque meu carro estragou essa semana. O rapaz veio e seguimos em direção ao Porto para buscar meu carro em uma oficina. No caminho, ele pegou uma rua paralela que sai no Alphaville I, mas, ao invés de seguir essa rota, ele virou à direita. Eu disse que não era por ali e foi quando ele se virou e disse que seguiria o aplicativo. Quando notei que ele estava se aproximando de uma região de matagal, perto da região de grilo, pedi para ele voltar, mas ele se virou e disse que seguiria o aplicativo, além de travar as portas do carro. Fiquei assustada. Ele não me respondia e mudou sua expressão, parecendo um psicopata”, relatou a mulher.
Para convencer o motorista a abrir a porta do carro, a mulher disse que havia compartilhado sua corrida com a família e que eles tinham acionado a polícia. Por coincidência, uma viatura da Polícia Militar estava fazendo patrulhamento na região.
“Para minha sorte, uma viatura da polícia estava se aproximando. Acredito que ele pensou que era para prendê-lo. Então, ele fez o contorno e foi voltando devagar, talvez esperando a viatura passar. Nisso, perto do final do Belvedere II, havia pessoas chegando para fazer limpeza no condomínio. Eu coloquei a mão no vidro porque ele tinha esquecido de trancá-lo. Coloquei a metade do corpo para fora e comecei a berrar na rua. As pessoas foram em direção ao carro e ele parou porque o pessoal bloqueou seu caminho. Nesse momento, ele tentou se justificar, dizendo que iria seguir o aplicativo, mas mesmo assim não destravava a porta. Então, um dos senhores disse ‘a moça quer descer’, e ele finalmente destravou a porta”, acrescentou a vítima.
A mulher conta que depois o homem se dirigiu até ela novamente e perguntou se havia acionado a polícia, de fato. Ela confirmou que sim porque havia se sentido ameaçada por ele, momento em que entrou no carro e saiu do local.
Ainda de acordo com a vítima, durante a investigação e checagem ao nome do motorista, a Polícia Militar descobriu que o endereço que o homem colocou na plataforma para se cadastrar como motorista de aplicativo não existia. A Polícia Civil vai investigar o caso.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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