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Comissão aprova projeto que torna crime a extração de corais

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A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que torna crime retirar, extrair, coletar, apanhar, apreender ou capturar os corais e outros organismos vivos, como briozoários, esponjas e poliquetas, em desacordo com autorização, licença ou permissão.

O texto insere dispositivos na Lei de Crimes Ambientais, que já prevê casos em que a pesca será proibida – em certos períodos do ano (defeso), em determinadas condições ou em locais vedados por órgão competente. A pena prevista é de detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas cumulativamente.

Foi aprovado o substitutivo elaborado pelo relator, deputado Marcelo Queiroz (PP-RJ), para o Projeto de Lei 754/15, do ex-deputado Daniel Coelho (PE), que tinha objetivo semelhante. “O texto original carecia de mudanças para não restar dúvidas sobre a criminalização da extração dos corais”, justificou o relator.

“É clara a importância e a pertinência desta proposta, pois traz luz a um tema até então negligenciado”, continuou Marcelo Queiroz. “O Brasil possui corais ao longo de 3 mil quilômetros de costa, do Maranhão à Bahia, as únicas formações de recife no sul do Oceano Atlântico, e metade das espécies são exclusivas”, afirmou.

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Os corais são animais que segregam um exoesqueleto calcário ou de matéria orgânica. Podem constituir colônias e formar recifes extensos, dando origem a ecossistemas com grande biodiversidade. Avalia-se que uma em cada quatro espécies marinhas vive em recifes, incluindo 65% dos peixes e seus criadouros.

Na proposta, além de lembrar que a legislação atual é omissa sobre o assunto, o ex-deputado Daniel Coelho citou a praia de Porto de Galinhas, em Pernambuco, onde alguns turistas extraem pedaços de corais como lembrança. “É importante preservar a costa brasileira com o seu potencial turístico e econômico”, afirmou.

Tramitação
O projeto ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois seguirá para o Plenário.

Reportagem – Ralph Machado
Edição – Marcia Becker

Fonte: Câmara dos Deputados

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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