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Nísia Trindade rebate polêmicas e detalha investimentos do novo PAC na Saúde

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A ministra da Saúde, Nísia Trindade, rebateu uma série de polêmicas com a oposição ao governo federal e detalhou os investimentos na área dentro do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Com a convocação transformada em convite, Nísia participou nesta quarta-feira (13) de audiência conjunta das Comissões de Saúde e de Previdência da Câmara dos Deputados solicitada por vários parlamentares críticos da atual gestão.

O deputado Osmar Terra (MDB-RS), por exemplo, questionou a criação de um grupo de trabalho interministerial para analisar desinformações publicadas em redes sociais por médicos e outros profissionais de saúde, sobretudo em relação a vacinas. “Eu nunca tinha visto ameaças a profissionais que não concordam com a opinião do ministério. E botar o Ministério da Justiça e Segurança Pública e a AGU em cima é para intimidar os profissionais”.

Nísia Trindade reafirmou que o combate às fakenews é um dos desafios de comunicação do Ministério da Saúde. Ela esclareceu o tipo de desinformação a ser superado. “Não se trata de dúvida ou mesmo de reproduzir conteúdo falso ou equivocado. Trata-se de sistematicamente e deliberadamente divulgar mentiras que têm efeitos negativos sobre a saúde e a vida das pessoas. Infelizmente, essas fakenews são propagadas pelas pessoas mais diversas, inclusive profissionais de saúde.”

Julia Padro / Câmara dos Deputados
Reunião de Comparecimento de Ministro. Dep. Osmar Terra (MDB - RS)
Osmar Terra reclamou de “intimidação” a profissionais de saúde

Conferência
As deputadas Franciane Bayer (Republicanos-RS) e Priscila Costa (PL-CE) foram algumas das parlamentares que questionaram resoluções oriundas da 17ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em junho. Há referências, por exemplo, a “revisão da cartilha de pessoas trans” e “redução da idade de início de hormonização para 14 anos”.

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O deputado Filipe Martins (PL-TO) citou outras polêmicas da resolução. “Legalização das drogas, legalização do aborto, separa as religiões privilegiando apenas uma religião dentro da resolução”, enumerou.

A ministra disse que a participação da sociedade civil é fundamental na atual gestão e ressaltou que as sugestões são sempre tratadas de acordo com a legislação e o programa de governo. “Nós tivemos recorde de participação nessa conferência, com muitos aportes positivos para o SUS e para as políticas públicas. Nós agiremos sempre observando a lei”.

Emendas parlamentares
Nísia Trindade também rebateu críticas sobre suposto atraso na liberação de recursos oriundos de emendas parlamentares. Segundo ela, já houve empenho de 76% das emendas e efetivo pagamento de 46%, com execução bem superior a 2021, no governo passado.

PAC
A ministra da Saúde fez questão de atualizar a chamada “agenda positiva” da pasta. Dentro do novo PAC, por exemplo, Nísia Trindade prevê R$ 7,4 bilhões de investimentos em atenção primária até 2026 e outros R$ 13,8 bilhões em atenção especializada, que teve a política nacional aprovada na semana passada.

“Inclui aporte expressivo de R$ 30,5 bilhões em todos os eixos de atuação do Ministério da Saúde, visando extensão da atenção à saúde, construção de unidades básicas e universalização do SAMU”.

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Entre outras ações em curso, Nísia Trindade citou o incremento de R$ 86 milhões no orçamento dos hospitais filantrópicos; a garantia de R$ 540 milhões na Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência, com foco nos centros de reabilitação; o apoio ao Rio Grande do Sul na recuperação das estruturas de saúde destruídas por enchentes e ciclones; e a reabertura de 321 leitos nos hospitais federais do Rio de Janeiro.

A ministra ainda comemorou a Lei 14.621/23, de ampliação do Programa Mais Médicos, em vigor desde julho. Segundo ela, 13 mil novas vagas foram abertas neste ano, atingindo o número recorde de 18,5 mil médicos em atuação em regiões de maior vulnerabilidade. Vários parlamentares – como Ana Paula Lima (PT-SC), Sâmia Bomfim (Psol-SP) e Lula da Fonte (PP-PE) – elogiaram a atuação de Nísia Trindade à frente do Ministério da Saúde.

Falando pela liderança do governo, a deputada Ana Paula Lima (PT-SC) destacou o atual protagonismo internacional do Brasil em temas de saúde. Ela lembrou que, de 18 a 25 de setembro, a ministra será um dos destaques em reuniões da ONU, em Nova Iorque, sobre preparação e respostas a emergências e pandemias, aceleração de vacinas para tuberculose e cobertura universal de saúde.

Reportagem – José Carlos Oliveira
Edição – Geórgia Moraes

Fonte: Câmara dos Deputados

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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