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Sindicato dos Metalúrgicos reclama de prisão de dirigente sindical
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O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região reclamou do uso de força policial para conter um movimento grevista realizado hoje (3) na Embraer, em São José dos Campos, interior paulista.
Segundo o sindicato, houve muita repressão durante a mobilização dos trabalhadores, que terminou com a prisão de um de seus diretores, José Dantas Sobrinho. Também foi preso um militante do Movimento Luta Popular.
“Essa prisão foi um ato grave, antidemocrático, e representa um ataque ao movimento sindical e ao direito de greve. A Polícia Militar (PM) agiu a serviço da Embraer e contra os trabalhadores. Os fatos ocorridos hoje confirmam a truculência e autoritarismo da empresa”, disse Weller Gonçalves, presidente do sindicato, em nota.
Pela manhã, os trabalhadores da Embraer paralisaram a produção na fábrica por cerca de três horas. Já no segundo turno de trabalho, houve atraso de uma hora na entrada dos trabalhadores.
O sindicato informou que, pela manhã, a greve, que seria por tempo indeterminado, acabou sendo suspensa por causa “da intimidação e assédio realizados pela direção da fábrica”.
“Em ação ilegal e contra o direito constitucional à greve, policiais militares forçaram a entrada de trabalhadores na fábrica, mesmo após a assembleia ter decidido pela interrupção da produção”, informou o sindicato.
Trabalhadores reivindicam aumento acima da inflação.
Por meio de nota, a Polícia Militar informou que, durante o acompanhamento da manifestação, uma equipe teria sido hostilizada por duas pessoas, que foram detidas e conduzidas à delegacia. “A autoridade policial encaminhou a ocorrência para a Polícia Federal, para o prosseguimento dos fatos”.
A Embraer também foi procurada pela reportagem, mas, até o momento, não se manifestou sobre a greve ou sobre as críticas feitas pelo sindicato.
Fonte: EBC GERAL


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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