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Mais de 60% das pendências por infrações ambientais atendidas em mutirão da Sema-MT são solucionadas

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A 1º edição do Mutirão de Conciliação realizado pela Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT) solucionou 62% das pendências decorrentes de autuações por infrações ambientais atendidas durante a ação na sede do órgão, em Cuiabá. A iniciativa piloto ocorreu em parceria com o Ministério Público do Estado (MPE) e a Polícia Civil. O mutirão foi realizado na última semana.

De acordo com a secretária da Sema-MT, Mauren Lazzaretti, a conciliação proporciona um caminho mais rápido para o objetivo principal do Estado, que é a imediata correção das infrações e recuperação do dano ambiental causado. Segundo ela, essa modalidade de mutirão é uma inovação no país e oferece, àqueles que têm interesse em conciliar soluções nas três esferas de responsabilização ambiental, na civil, administrativa e penal.

“O resultado da primeira edição do mutirão superou todas as nossas expectativas, houve uma adesão expressiva e conseguimos promover a solução dos conflitos já nesse momento em mais de 62% dos casos. Foi muito positivo. Até o final do ano devemos realizar mais duas edições do mutirão, promovendo a correção das infrações, a recuperação dos danos ambientais e o pagamento das multas, que são integralmente revertidos em benefício do meio ambiente, do cidadão e do fortalecimento da agenda ambiental no Estado”, destacou a gestora.

Segundo o balanço da ação, foram recebidos com a conciliação de 117 processos o valor de R$ 15,2 milhões, que serão aplicados diretamente em serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente, conforme previsto no programa de Conversão de Multas, instituído pelo Governo do Estado em 2022. Os infratores também assumiram nas audiências de conciliação o compromisso de recuperar in loco mais de dois mil hectares de vegetação nativa (APP e ARL) e de regularizar outros sete mil hectares com o pagamento de reposição florestal.

O mutirão é voltado para os casos mais complexos e aos autuados que fizeram a manifestação de interesse em conciliar. Interessados podem quitar seus débitos, de modo antecipado, sem precisar aguardar o trâmite do processo administrativo convencional. A conciliação só é possível com o imediato compromisso de regularização ou correção da infração e reparação do dano, independentemente do valor da multa aplicada.

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“A ideia é realmente equacionar o problema de autuações ambientais de uma forma que tenha escala, mas buscando sempre, em primeiro lugar, a recuperação ambiental. Nossa prioridade é que o mutirão tenha um reflexo no campo”, afirmou o promotor de justiça do MPMT, Marcelo Caetano Vacchiano.

De acordo com a delegada Alessandra Saturnino, que atua na força-tarefa ambiental do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), a promoção de mutirões de conciliação, nos quais órgãos ambientais e outros agentes atuam conjuntamente, como Ministério Público, Polícia Judiciária Civil e, posteriormente, o Poder Judiciário, tem se mostrado uma estratégia eficaz para reparar o meio ambiente degradado.

“A atuação conjunta dos órgãos nesses mutirões não apenas agiliza os processos de reparação, mas também fomenta uma cultura de diálogo e cooperação na busca por soluções sustentáveis. Assim, é fundamental que continuemos a fortalecer essas práticas colaborativas para garantir a proteção e recuperação do nosso patrimônio ambiental, tão essencial para o bem-estar das futuras gerações”, disse.

Como funciona a conversão de multas

O programa de Conversão de Multas foi criado por meio do Decreto estadual nº 1.436 de 19 de julho de 2022. Quem tiver um processo de infração ambiental tramitando deve procurar a Sema-MT e manifestar interesse em conciliar, indicando medidas corretivas a serem adotadas para reparar o dano ambiental.

Os descontos para as multas podem ir até 90% em caso de condutas que não configurem crime. Mato Grosso excluiu o desmatamento ilegal da lista de condutas que podem receber descontos de 60%, 70%, 80% ou 90% em caso de conciliação ambiental, por meio do Decreto estadual nº 275/2023.

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Para os processos que ainda não receberam decisão em primeira instância é possível aplicar 50% de desconto e antes da decisão em segunda instância pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema), 40%. O desconto de 60% será possível quando o requerimento for feito por manifestação de interesse em até 20 dias após a autuação.

Para o produtor rural do município de Feliz Natal (a 510 km de Cuiabá) Paulo Airton Bortolo, a iniciativa proporcionou economia de tempo. “São processos que demandariam anos na justiça e a gente conseguiu aqui, em meia hora, compor um acordo. É um problema a menos. Saio daqui satisfeito”.

Como funciona o mutirão

Após a manifestação de interesse, a proposta é analisada pelo Núcleo de Conciliação Ambiental (NUCAM-MT) formado por servidores da Sema-MT. Se o documento estiver de acordo com as regras do Programa de Conversão de Multas, o interessado deve assinar um Termo de Compromisso Ambiental (TCA).

Com a assinatura do documento, será possível aplicar o valor das multas diretamente em serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente. Este mecanismo possibilita que as ações do Estado para a preservação do meio ambiente recebam os recursos de forma direta e mais rápida do que uma aquisição pública convencional.

O Mutirão de Conciliação da Sema-MT não é o único momento em que é possível buscar a conciliação. Durante todo o ano, os interessados podem procurar a Secretaria para agilizar o processo de encerramento de conflitos. A ação, em si, é um movimento de incentivo para que as infrações ambientais sejam resolvidas com celeridade.

Fonte: Policia Civil MT – MT

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Operação Prende Suspeitos de Envolvimento em Ataques a Casa e Escritório de Advogado

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A Delegacia da Polícia Civil de Lucas do Rio Verde deflagrou a Operação Contra Impetum para cumprir nove mandados judiciais, nesta quinta-feira (16.1), contra integrantes de uma facção criminosa envolvidos no ataque à casa e escritório de um advogado e a uma empresa da cidade.

Estão em cumprimento seis ordens de prisão e três de buscas e apreensões empregando um efetivo de policiais civis da região, com apoio da Gerência de Operações Especiais da Polícia Civil.

A operação é uma contrarresposta da Polícia Civil aos ataques ordenados por membros da facção criminosa contra três locais em Lucas do Rio Verde. Os mandados foram deferidos pelo juízo da 5a Vara Criminal de Sinop, de combate ao crime organizado.

O primeiro ataque ocorreu no dia 1° de novembro contra a sede de uma empresa agrícola. O segundo foi registrado na noite de dois de novembro, contra o escritório do advogado. No dia seguinte, a residência do profissional foi também alvo de disparos de arma de fogo.

Investigação

Com o início das diligências investigativas, a equipe da Delegacia de Lucas do Rio Verde apurou que na data anterior aos ataques ao escritório e casa do advogado, a sede de uma empresa agrícola na cidade também foi alvo de disparos de arma de fogo.

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As investigações apontaram que os ataques foram ordenados por dois integrantes de uma facção, identificados no inquérito policial, e executados por cinco outros criminosos ligados ao grupo. Um dos líderes da facção chegou a enviar mensagens ao advogado dizendo que o profissional teria que ‘devolver’ um veículo, recebido como pagamento de honorários. O empresário também recebeu ameaças por mensagens.

As diligências identificaram os autores dos ataques, sendo um deles preso no decorrer da investigação. Conforme a apuração, os executores afirmaram que o ataque ao escritório era ‘pra dar um susto no advogado’, pois o profissional estaria, supostamente, dando golpe em clientes. A Polícia Civil também identificou a outra dupla que fez os disparos que atingiram a casa do advogado.

Em relação ao ataque à empresa agrícola, a investigação apurou que os disparos foram ordenados por duas pessoas contra quem o empresário havia ajuizado uma ação sobre a disputa de um imóvel em Lucas do Rio Verde. Após a vítima entrar com a ação, passou a receber ameaças.

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Reaver veículo e desistência de ação

De acordo com a apuração, o advogado atuou na defesa de duas pessoas presas em flagrante em outra ocorrência. Como pagamento pelos honorários, ele havia recebido um veículo.

Contudo, o cliente tentou reaver o veículo, mesmo sem pagar os honorários combinados. Em uma das oportunidades, o cliente teria saído do escritório do advogado afirmando que resolveria a situação de uma forma ou de outra.

As informações reunidas na investigação indicaram que o cliente defendido pelo advogado fez contato com os criminosos que lideram a facção em Lucas do Rio Verde e pediu que empregassem alguma ação para fazer o advogado devolver o veículo usando, para tal fim, qualquer meio violento.

Além disso, o mesmo investigado também pediu aos criminosos que empregassem uso de violência contra o empresário para forçá-lo a desistir da ação judicial em andamento. Diante dos pedidos criminosos, os líderes da facção recrutaram os cinco suspeitos identificados na investigação para fazer os disparos contra os três locais.

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