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Belém se prepara para a 231º procissão do Círio de Nazaré
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A cidade de Belém se prepara para a procissão mais importante da festa que celebra a padroeira do Pará, Nossa Senhora de Nazaré, há 231 anos. O Círio de Nazaré ocorre neste domingo (8), mas os festejos começaram na terça-feira (3), e os peregrinos já movimentam o setor hoteleiro e as casas dos belenenses que esperam receber mais de 80 mil devotos de outros estados e países e milhares de fiéis vindos do interior do estado.
Uma missa na Basílica Santuário abriu oficialmente os festejos e, ao longo da semana já houve vigília, missa e o preparativo para as romarias, que serão realizadas neste sábado (6) pela estrada, partindo da cidade de Ananindeua (5h30) e pelos rios, a partir do distrito de Icoaraci (9h). Para quem participa de moto, a romaria parte da Praça Pedro Teixeira, às 11h30.
Também é no sábado que a imagem original da padroeira desce do altar da Basílica Santuário de Nazaré, para, na Procissão da Trasladação, fazer o trajeto oposto ao do Círio, no domingo. A partir das 17h30, milhares de fiéis já pagam promessas e acompanham a imagem com velas e cânticos até a Catedral de Belém.
“Isso vem arrastando multidões ao encontro em nosso santuário, para beber da graça e conhecer a experiência que é o morro de Maria, aqui no santuário da rainha da Amazônia”, destaca o padre Francisco Cavalcante.
Muitos fiéis permanecem em oração até o domingo, quando a imagem inicia o percurso acompanhada de mais de 2,5 milhões de pessoas, da cidade e de fora, que são esperadas para este ano, segundo estimativa da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Pará. São devotos, curiosos e turistas que ocupam o trajeto do Círio de Nazaré movidos por uma tradição, que vai além da fé.
Os hotéis de Belém já estão com a taxa média de ocupação de 85% em toda a cidade, sendo de 100% nos hotéis do percurso da procissão, ou nas proximidades, informou a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis. Mas a ocupação hoteleira não reflete o número de pessoas que chegam para participar da festa, já que muitos são hospedados nas casas de parentes e amigos, como a professora de história Ana Dora Florenzano de Souza, que já está com a casa cheia de hóspedes, vindos de outros estados para os festejos. “Minha filha, que mora em Brasília, trouxe os amigos. Alguns para conhecer, outros para pagar promessa. Outros amigos que moram no Rio também chegaram para pagar promessa”, conta.
Ao todo, Ana recebe dez hóspedes que participarão de toda a programação da família, como a passagem das procissões da trasladação e o próprio Círio, que são assistidos em um apartamento ao longo do percurso. “Além de termos uma família religiosa e termos muita fé, nós aproveitamos o Círio para nos unirmos, confraternizarmos e nos revermos”, explica.
Para o padre Francisco, a Basílica de Nazaré mantém uma mística que chama as pessoas a agradecer e manifestar sua fé. “Esse mar de gente que vem ao encontro de Nossa Senhora de Nazaré são os filhos que vêm buscar consolo nos braços da mãe e o santuário com o coração aberto, o coração dilatado”, conclui.
Serviço
A prefeitura de Belém decretou ponto facultativo na segunda-feira (9), dia seguinte à procissão, para o funcionamento dos órgãos municipais, mas os serviços essenciais à população serão mantidos.
De acordo com nota divulgada pelo órgão, todos os serviços de saúde emergenciais funcionarão normalmente como a Central de Leitos, nnidades de Pronto Atendimento (UPAs), Hospital Geral de Mosqueiro, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), prontos-socorros municipais e unidades com atendimento de urgência e a emergência do Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Município (Iasb).
Serviços como abrigos, casas de passagem, o Serviço de Proteção Social Especial de Média e Alta Complexidade, o setor de calamidade e emergência da Fundação Papa João XXIII (Funpapa) e os conselhos tutelares funcionarão em regime de escala.
Não são afetados pela medida outros serviços municipais como coleta de lixo, mercados, cemitérios e a Guarda Municipal.
Fonte: EBC GERAL


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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