PROCEDIMENTO QUESTIONADO
Abílio se opõe à cassação de Edna e Presidente da Comissão sugere que ele seja o advogado da vereadora cassada
MATO GROSSO
A sessão de cassação da vereadora Edna Sampaio (PT) na Câmara de Cuiabá tomou um rumo inesperado hoje, quando o deputado federal Abílio Brunini, membro do Partido Liberal (PL), manifestou sua oposição à cassação e questionou o procedimento legal adotado.
O presidente da Comissão de Ética da Câmara, vereador Rodrigo Arruda Sá, respondeu com ironia à declaração de Abílio, sugerindo que o deputado se constitua como advogado de defesa da vereadora Edna Sampaio e que as questões levantadas por ele sejam discutidas no processo de cassação. Afinal, a análise final está nas mãos do juiz.
Abílio Brunini alegou que viu erros no processo de cassação e defendeu que os vereadores deveriam ter seguido um rito mais alinhado à Lei Federal, em vez de apenas cumprir o regimento interno da Câmara. Ele enfatizou que sua intervenção não se baseia na avaliação do mérito da cassação, mas na forma como o processo está sendo conduzido.
A situação gerou especulações, uma vez que tanto Abílio quanto o presidente da Câmara de Cuiabá, Chico 2000, fazem parte do mesmo partido, o PL, e parecem estar em desacordo em relação a esse caso. A disputa pela Prefeitura de Cuiabá na próxima eleição é citada como uma possível causa desse desentendimento.
Chico 2000 comentou sobre a posição de Abílio Brunini, questionando por que um deputado federal pelo PL, partido liderado por Jair Bolsonaro, está defendendo uma vereadora do PT. Ele expressou sua lealdade ao partido e destacou que só deixaria a legenda se não fosse mais desejado por ela.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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