OPERAÇÃO PIRAIM
Após 1 mês, TJ solta empresário e cobrador da “Máfia do Chicote” em Cuiabá
MATO GROSSO
A Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJMT) mandou soltar duas pessoas envolvidas com a chamada “Máfia do Chicote” – que realiza gravações em vídeo de cobranças por meio de ameaças com “chicotadas” nos supostos devedores. Sérgio da Silva Cordeiro e Bruno Rossi Penazzo, alvos da operação “Piraim” em setembro, que investiga a atuação da organização criminosa, seriam um integrante e um “cliente” da “Máfia do Chicote”, respectivamente.
Os magistrados seguiram por unanimidade o voto do desembargador José Zuquim Nogueira, relator de dois habeas corpus ingressados por cada um dos suspeitos. A sessão de julgamento ocorreu na manhã desta quarta-feira (25).
O desembargador José Zuquim Nogueira analisou em seu voto que não havia “base empírica satisfatória a comprovar a acentuada periculosidade” dos suspeitos para mantê-los presos. Tanto Sérgio quanto Bruno deverão utilizar tornozeleira eletrônica, estão obrigados a comparecer a todos os atos processuais dos quais forem intimados, não podem manter contato com outros suspeitos ou vítimas da “Máfia do Chicote”, além de outras restrições.
“Eu não verifiquei a presença de base empírica satisfatória a comprovar a acentuada periculosidade ou indícios de que, em liberdade, voltaram a praticar outros delitos criminais. Os pacientes são primários, exceto Sérgio, que tem uma ação penal extinta, já em execução. Ambos possuem trabalho lícito e residência fixa”, analisou o desembargador. Em agosto de 2023, vídeos da atuação da “Máfia do Chicote” viralizaram em Mato Grosso, onde a organização criminosa atuaria, ganhando destaque em portais de notícias de abrangência nacional.
Num deles é possível ver um grupo de homens ameaçando um outro homem por uma dívida, sofrendo chicotadas dos suspeitos. Sérgio da Silva Cordeiro seria um integrante da quadrilha e se apresentou espontaneamente na delegacia quando foi preso.
Ele teria participado de uma “cobrança” de R$ 130 mil a uma vítima no Posto Bom Clima, em Cuiabá. Já o empresário Bruno Rossi Penazzo teria contratado os “serviços” da quadrilha em razão de um empréstimo de R$ 160 mil em relógios de luxo a um comerciante que venderia os bens com a promessa de dividir os lucros. Como ele não obteve retorno – ou seja, ficou sem as joias e também sem o dinheiro -, Penazzo também recorreu à “Máfia do Chicote” para reaver o valor.


MATO GROSSO
Especialista dá dicas de como superar escassez de mão de obra na suinocultura

A falta de mão de obra é um problema que atinge diversas cadeias do setor produtivo, na suinocultura não é diferente, e a escassez de mão de obra e a alta rotatividade de colaboradores afetam diretamente a produtividade e o custo de produção em uma granja. Com a relevância do tema, o médico-veterinário, especialista em Liderança, Engajamento e Produtividade na Suinocultura, Leandro Trindade, apontou os principais desafios e oportunidades para atrair e reter talentos durante o 4º Simpósio da Suinocultura de Mato Grosso.
De acordo com levantamento realizado pela Metodologia Boas Práticas de Liderança (BPL), idealizado por Trindade, a rotatividade dentro das granjas, fenômeno cada vez mais constante, tem elevado os custos da atividade. “O impacto no negócio é direto, e o custo pela substituição de um colaborador pode chegar a 300% do salário anual dele. A repetição de processos, o tempo gasto com treinamento, instabilidade e queda de produtividade são reflexos dessa constante troca de funcionários”, explicou.
Ainda segundo o levantamento, realizado entre 2012 e 2025 em entrevistas nas granjas, a remuneração inadequada não é um dos principais fatores para a falta de engajamento dos colaboradores.
“Chefe ruim (87%), falta de reconhecimento (78%), condições de trabalho (61%), comunicação ineficaz (58%) e só então remuneração inadequada (39%) montam o ranking de principais causas de afastamento dos colaboradores das granjas. Isso mostra a importância de escolher um líder capacitado para lidar com equipes”, pontuou.
Trindade completa que atualmente o ambiente de trabalho tem maior peso na escolha do colaborador do que o salário. “Clima respeitoso, oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional, jornada de trabalho que permita cuidar da vida pessoal, infraestrutura e reconhecimento do valor do trabalho são pontos que precisam ser trabalhados e colocados como prioridade para conseguir incentivar e engajar um colaborador”.
O vice-presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) e suinocultor, Moisés Sachetti, a pauta abordada durante o evento foi muito bem recebida pelos participantes, visto que é um problema recorrente no setor produtivo.
“É um problema enfrentado não só aqui em Mato Grosso, mas no Brasil. É um problema crescente no agronegócio brasileiro, afetando a produção e a eficiência do setor. Este fenômeno é resultado de uma combinação de fatores, como a falta de qualificação da mão de obra disponível, condições de trabalho no e até mesmo de gestão de pessoas”, afirmou Sachetti ao reforçar que é preciso atenção para evitar que o problema se agrave e acabe comprometendo a produção do setor produtivo.
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