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Momento é de consolidação da frente ampla de apoio ao governo na Câmara, diz Padilha

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O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse nesta terça-feira (31), após reunião entre o presidente Lula e os líderes partidários da Câmara dos Deputados, que o atual momento é de consolidação da frente ampla de apoio ao governo na Câmara. 

“Fizemos uma saudação especial ao líder do Republicanos e ao líder do PP, que são duas bancadas que ingressam definitivamente, com bancadas federais, nessa frente ampla da base na Câmara dos Deputados”, destacou. Ele agradeceu ainda nominalmente ao presidente do Cidadania, Comte Bittencourt. 

Lula incluiu o PP e o Republicanos no governo no começo do mês passado, ao nomear André Fufuca (PP-MA) para o Ministério do Esporte e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), para Portos e Aeroportos. 

Equilíbrio orçamentário
Padilha disse que o governo estará centrado até o fim do ano em aprovar no Congresso Nacional medidas que garantam o equilíbrio orçamentário, em especial as medidas que ampliam a arrecadação e geram justiça tributária. 

“O plano do governo é estar concentrado neste momento em enviar todos os esforços para aprovarmos as medidas de ampliação da arrecadação e de justiça tributária no País, que consolidam aquilo que já foi aprovado com o marco fiscal, que estabelece regras claras de não crescimento de despesas”, disse. Ele disse contar com o apoio dos líderes partidários da Câmara para essa pauta.

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Segundo ele, não foi discutida na reunião a possibilidade de alteração da meta fiscal para 2024. “Antes de qualquer discussão sobre meta fiscal, o plano do déficit zero está calcado na aprovação das medidas de arrecadação e de justiça tributária que consolidam esse equilíbrio macroeconômico”, afirmou. 

Medidas prioritárias
Entre as medidas prioritárias até o fim do ano, citou a votação, no Senado, da taxação dos fundos offshores e da reforma tributária, em novembro. Conforme o ministro, na Câmara, o governo estará centrado em votar a medida provisória que trata da regulamentação das subvenções estaduais na base de cálculo de impostos federais (MPV 1185/23). Ele citou ainda como prioridade ainda o projeto que trata do novo ensino médio (PL 5230/23).

Padilha disse que a reunião foi marcada também por agradecimento aos líderes pelas votações na Câmara de “tudo que era essencial até este momento”, incluindo a reforma tributária, a reorganização do orçamento e a recriação de programas sociais. “A Câmara já colaborou muito para uma série de medidas, como o Carf, as medidas de compensação de ICMS, como taxação dos fundos offshore e fundos exclusivos”, acrescentou.

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Padilha: não foi discutida na reunião a possibilidade de alteração da meta fiscal para 2024

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Líder do MDB
O deputado Isnaldo Bulhões Jr., líder do MDB na Câmara, reiterou que a votação prioritária na Câmara até dezembro é a MP 1185. E acrescentou que também começou a ser discutida a agenda de votações do ano que vem, ano de eleições municipais, já que no segundo semestre de 2024 as votações tendem a se desacelerar. 

O parlamentar também avalia que o governo chega com a base concretizada no fim do ano, a despeito de “alguns ajustes ainda deverão ser feitos”. 

No dia 8, está marcada reunião do presidente Lula com os líderes das bancadas no Senado. 

Reportagem – Lara Haje
Edição – Geórgia Moraes

Fonte: Câmara dos Deputados

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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