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Nível do Guaíba supera cota de inundação e prefeitura fecha compotas

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O nível do Rio Guaíba voltou a ultrapassar a cota de inundação na manhã desta segunda-feira (20), motivando a prefeitura de Porto Alegre a iniciar o processo de fechamento das comportas do sistema de proteção contra as cheias.

Segundo o Departamento Municipal de Águas e Esgotos (Dmae), o nível d´água atingiu 3,04 metros por volta das sete horas desta manhã, próximo ao Cais Mauá, na região central da cidade. A marca supera a cota de inundação, que é de 3 metros.

Esta é a terceira vez, desde 25 de setembro, que a prefeitura de Porto Alegre fecha, preventivamente, parte das comportas que integram o sistema municipal de proteção contra cheias. Desde 2015, quando o nível do rio atingiu 2,97 metros, o sistema não precisava ser acionado.

De acordo com o Dmae, o Guaíba está recebendo água de outros rios que registraram volumes excessivos de chuva nos últimos dias, ameaçando principalmente a população ribeirinha. Já segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Porto Alegre registrou, este ano, o terceiro inverno mais chuvoso desde 1961. Durante toda a estação, que chegou ao fim em setembro, foram registrados 31 dias com chuva maior ou igual a 1 (milímetro) mm e a precipitação total chegou a 652,2 mm. Valor muito acima da média sazonal, que é de 435,5 mm, e que fica atrás apenas dos volumes registrados em 1972 (694,7 mm) e em 2020 (677,9 mm).

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Mortes e Feridos

As consequências das fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde a última quarta-feira (15) já mataram ao menos quatro pessoas. Segundo o mais recente boletim divulgado pela Defesa Civil estadual, até a noite deste domingo (19), mais de 194 mil pessoas já tinham sido direta ou indiretamente afetadas, em todo o estado, pelas fortes chuvas, vendavais, enxurradas, inundações e soterramentos decorrentes dos recentes eventos climáticos.

Cento e trinta e oito cidades reportaram à Defesa Civil que sofreram danos e ocorrências diversas. Além das mortes, o órgão estadual já registra 63 pessoas feridas; 7.527 desalojadas (indivíduos que tiveram que buscar abrigo temporário nas residências de parentes ou amigos ou em pousadas e hotéis) e 2.653 desabrigadas, ou seja, que sem ter onde ficar, tiveram que ser levadas para abrigos públicos ou de instituições.

Duas das quatro mortes já confirmadas aconteceram em Gramado, no sábado (18) à tarde. De acordo com a prefeitura, a intensidade das chuvas que atingiram a cidade entre sexta-feira e sábado deixou o solo instável, causando desmoronamentos e inundações. Em uma das residências que ruiu havia quatro pessoas de uma mesma família. Duas conseguiram sair a tempo, mas Elisabeta Maria Benisch Ponath, de 51 anos, e sua mãe, Lidowina Lehnen, de 86 anos, foram atingidas e não resistiram aos ferimentos. No mesmo dia, a prefeitura de Gramado decretou situação de emergência. Munícipes desabrigados estão sendo acolhidos em um abrigo improvisado junto a uma escola.

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Em Vila das Flores, na serra gaúcha, um homem cujo nome não foi confirmado morreu após uma enxurrada arrastar o carro em que ele viajava com outras duas pessoas para dentro do Rio da Prata. Já em Giruá, no noroeste do estado, o desabamento de um centro esportivo matou a fisioterapeuta Isabeli Soardi, 26 anos, e feriu cerca de 60 pessoas.

Até este domingo, o governo estadual já tinha repassado 1,7 mil cestas básicas a prefeituras de sete cidades para que fossem distribuídas à moradores afetados pelos eventos climáticos dos últimos dias: Alegrete (400), Giruá (200), São Borja (400), Vila Nova do Sul (250), Arroio do Meio (150), Muçum (150), Roca Sales (150). Também foram entregues 750 litros de água potável para Muçum e 750 litros para Roca Sales.

Na última terça-feira (14), o Fundo Estadual de Defesa Civil aprovou a liberação de R$ 60 milhões para municípios gaúchos atingidos por desastres naturais entre 4 de setembro e 1º de novembro. Do total, R$ 400 mil estão reservados para cidades em situação de emergência declarada ou homologada pelo governo estadual. Os outros R$ 600 mil, para municípios com estado de calamidade pública.

Fonte: EBC GERAL

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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