POLITÍCA NACIONAL
Oposição critica vacinação de crianças contra Covid em debate com ministra da Saúde
POLITÍCA NACIONAL
Ao defender a inclusão da vacina contra Covid-19 para crianças de 6 meses a 5 anos no Programa Nacional de Imunização, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, assegurou que a medida segue recomendação de sociedades científicas. De acordo com a ministra, apenas neste ano, 110 crianças morreram em decorrência da doença.
Somente em 2023, o País registrou 3.379 casos de síndrome respiratória aguda grave por Covid-19 em menores de 1 ano, e 1.707 casos na faixa de 1 a 4 anos, acrescentou a ministra. Diante desses dados, ela sustentou que a vacina é o mais recomendado.
“A indicação é muito clara e está baseada em um dado muito simples: 110 mortes de crianças por Covid em 2023, é esse o dado que leva a essa determinação.”
Nísia Trindade participou de audiência pública da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados a convite de oito deputados. A maioria dos parlamentares que fizeram o convite é contrária à obrigatoriedade da vacinação contra a Covid para crianças.

A deputada Bia Kicis (PL-DF), por exemplo, afirmou que já realizou audiências públicas com vários médicos que trabalham com vacinas e todos são contra a medida.
De acordo com a deputada, o imunizante não deveria sequer ser chamado de vacina, mas, sim, de terapia gênica, e que o assunto precisa de mais debates.
“Nós somos todos favoráveis às vacinas que estão no PNI há muito tempo, que são vacinas seguras, de eficácia comprovada, mas essa, o próprio FDA chama de terapia gênica”, disse a deputada em referência à Food and Drug Administration (FDA), órgão que regulamenta a venda de produtos farmacêuticos e alimentos nos Estados Unidos.
Segundo Nísia Trindade, essa afirmação “é mentirosa”. “O FDA jamais falou que a vacina de RNA mensageiro é uma terapia gênica. Esse é o problema que nós temos hoje, as falas são feitas como se houvesse verdades por trás, e não há verdade”, disse.
Idosos
Outro deputado que pediu a vinda da ministra à Câmara, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) argumentou que vários países europeus já restringiram a aplicação da vacina contra a Covid-19 a idosos. Um deles seria a Suíça onde, conforme o parlamentar, cientistas teriam concluído que as vacinas traziam mais riscos que benefícios à população em geral. O deputado chegou a afirmar que “há uma epidemia mundial” de morte súbita depois da vacinação contra a Covid.
Na opinião da ministra, falar contra as vacinas é uma temeridade, que coloca em risco a saúde e própria a vida da população. “
Devo dizer da temeridade do que está sendo colocado aqui, por quem está atacando, sim, a proteção à vida que a vacina dá. Não se sabem, inclusive, as implicações neurológicas da Covid, não se sabem muitas das implicações no aparelho circulatório, os casos de trombose entre as pessoas que têm Covid são muito maiores do que naqueles que não têm”, alertou.
Risco
Deputados da base do governo também acusaram os representantes da oposição de mentir em relação à vacina, e com isso, prejudicar, não apenas a vacinação contra Covid-19, mas todo o programa de imunização. O deputado Jorge Solla (PT-BA), que é médico, ressaltou que municípios onde há dez anos se alcançava uma cobertura vacinal de 90% hoje chegam a apresentar um índice de apenas 40% da população vacinados.
O deputado acusou os oposicionistas de colocarem a vida da população em risco para conseguir dividendos políticos.
“Vocês estão mentindo, isso é um prática criminosa, vocês são responsáveis por cada criança que vier a ter sarampo nesse País, vocês serão responsáveis por cada caso de pólio que vier a acontecer. Vocês estão usando o movimento antivacina, pregando mentiras, para ter vantagens eleitorais. Comprometer a proteção de crianças, de gestantes, de idosos para ganhar voto, para lacrar nas redes sociais, para ganhar seguidores, para ganhar apoiadores.”
Nísia Trindade deixou a audiência antes do encerramento. Deputados inscritos para falar sugeriram, então, que a ministra seja convocada para comparecer novamente à Casa. A presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, Bia Kicis, afirmou que concorda com a medida e irá colocar o requerimento em votação. Esta foi a terceira vez que a ministra da Saúde compareceu a Câmara.
Reportagem – Maria Neves
Edição – Geórgia Moraes
Fonte: Câmara dos Deputados
GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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