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Óculos com inteligência artificial entregues pelo Governo de MT beneficiam 170 estudantes e professores cegos

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Com investimento de R$ 2,5 milhões, o Governo de Mato Grosso disponibilizou em 2023 óculos com inteligência artificial, chamados OrCam MyEye, para atender 128 estudantes e 42 professores cegos. A iniciativa da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) representa um passo significativo na busca pela inclusão e igualdade de oportunidades na educação pública.

O OrCam MyEye é um dispositivo acoplado a um óculos, que pode ser ativado por toque e voz, proporcionando uma revolução na forma como os estudantes interagem com o conhecimento. Essa tecnologia revolucionária permite o reconhecimento de rostos e de até 200 produtos cadastrados e retransmitir a informação no ouvido do usuário.

Além disso, o aparelho possui controle de velocidade, possibilitando a leitura de 100 a 250 palavras por minuto, escolha de voz masculina ou feminina, pausa, avanço e retrocesso na leitura, tudo isso em modo offline, sem precisar estar conectado à internet.

Para o estudante Pedro Henrique Teles Silva, da Escola Estadual André Antônio Maggi, em Colíder, o dispositivo já tem feito a diferença. “Minha vida mudou e não consigo parar de sorrir, tamanha é a minha felicidade. Poder ler um livro, até escrito em inglês, me fez sentir o quanto foi importante essa doação da Seduc”, enfatizou.

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A estudante Vanessa Albuquerque dos Santos, da Escola Estadual Professora Maria Elza Ferreira Inácio, de Rondonópolis, disse que o interesse dela pelos estudos aumentou depois que recebeu os óculos.

“Vi o meu aprendizado melhorar muito após passar a usar OrCam MyEye. Meu interesse pelo estudo também aumentou. Senti uma liberdade enorme ao precisar de menos ajuda para as tarefas escolares”, contou.

Na avaliação do governador Mauro Mendes, essa iniciativa não apenas transforma a maneira como os estudantes absorvem o conhecimento, mas também demonstra o comprometimento do Estado em proporcionar ferramentas inovadoras que impulsionam o aprendizado e promovem a inclusão na comunidade escolar.

“Fizemos um investimento de grande resultado social que reforça o papel da tecnologia na construção de um futuro mais acessível e igualitário na educação pública. Representa um avanço significativo na busca por uma educação mais inclusiva e igualitária, garantindo que todos os alunos tenham acesso às mesmas oportunidades de aprendizado”, pontuou.

Segundo ele, o dispositivo OrCam MyEye é uma prova concreta de que o investimento em tecnologia pode fazer a diferença na vida dos estudantes e professores cegos.

Essa ação faz parte de uma das 30 políticas que compõem o Plano EducAção 10 Anos, estabelecido pelo Governo de Mato Grosso, com o objetivo de posicionar a Rede Estadual de Ensino entre as cinco mais bem avaliadas do país até 2032.

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“Com essa ação, o Governo de Mato Grosso demonstra o compromisso em promover a inclusão e proporcionar uma educação de qualidade para todos os estudantes. A entrega do dispositivo OrCam MyEye foi um marco e, certamente, terá um impacto positivo na vida dos estudantes e professores beneficiados por toda a vida”, disse o secretário de Estado de Educação, Alan Porto.

A doação desses dispositivos também representou a inclusão social de crianças e adolescentes, que muitas vezes necessitam desse benefício para ter acesso ao conhecimento. Ele destacou que o OrCam MyEye lê para a pessoa através da reprodução do texto por áudio em português, inglês e espanhol, ampliando o acesso a conteúdo educacional.

O dispositivo é fabricado pela OrCam, uma startup israelense com sucesso reconhecido mundialmente, que vem desenvolvendo tecnologias para garantir visão artificial e melhor qualidade de vida às pessoas que sofrem de deficiência visual.

Fonte: Governo MT – MT

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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