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Terra do fogo: como Roraima se tornou o estado com maior número de incêndios em fevereiro de 2024
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Roraima está em chamas. O fogo que se espalhou pelo estado está consumindo casas, animais e a vegetação. Segundo os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o cenário é o do pior incêndio já registrado no estado nos últimos 25 anos.
🔥 O estado tem pouco mais de 200 mil km² de extensão e é o menos populoso do país. No entanto, desde o início do ano mantém 30% de todos os focos de incêndio registrados no Brasil, de acordo com o Inpe. São 2,6 mil pontos de fogo.
Os incêndios são causados por duas razões principais:
- Seca severa: neste ano, a temporada de chuvas veio menor do que o esperado, reflexo do fenômeno El Niño. Entre as dez cidades mais afetadas pelo fogo, cinco estão em emergência pela estiagem.
- Queimadas: Segundo especialistas, nesta época do ano, é comum que produtores façam incêndios para a limpeza de áreas de plantio e pasto.
Com o solo e a vegetação seca, as temperaturas altas e a falta de chuva, os pequenos focos logo ficam incontroláveis e se somam às queimadas na região.
➡️ Para além de impactar na qualidade do ar, na segurança e na rotina de quem mora no estado, as chamas ainda atingem vegetação nativa da Amazônia — bioma que vem sofrendo com o desmatamento — e chegam até os territórios indígenas. Entre as TIs impactadas está a Terra Indígena Yanomami, que passa por uma grave crise de saúde. (Leia mais abaixo.)
Maior incêndio dos últimos 25 anos
Os moradores de Roraima estão vivendo em meio à fumaça. Em algumas regiões, a chama avançou sobre áreas onde há população residente e consumiu casas.
➡️ Segundo o monitoramento do Inpe, instituto ligado ao governo federal, esse é o maior volume de incêndio já registrado em Roraima desde 1999, ano que em que iniciaram o serviço de identificação de focos de calor.


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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