Há quase sete anos, a cuiabana Cássia Borges de Paula mantém uma busca incansável por suas origens. Nascida no Pronto Socorro de Cuiabá, ela descobriu que era adotiva aos 30 anos e desde então procura por sua mãe biológica.

Atualmente, Cássia mora em Rio Verde (GO), é casada e tem um casal de filhos. Em sua certidão de nascimento, consta que ela teria nascido às 13h30 do dia 4 de novembro de 1987.

A reviravolta em sua vida começou quando ela descobriu que era adotada por meio de seu pai adotivo.

A informação foi posteriormente confirmada por sua mãe adotiva, Ezilda Borges de Oliveira, que contou que a mãe biológica de Cássia planejava um aborto, mas decidiu entregar-lhe a criança.

“A minha busca começou há muitos anos. O que eu sei é que eu fui registrada no Pronto Socorro de Cuiabá. Eu liguei nesse hospital, me disseram que os registros ‘queimam’ de 30 em 30 anos. Então, provavelmente, o meu foi queimado”, disse.

“Fui levada de Cuiabá para Barra do Garças, onde minha mãe adotiva morava, e depois para Rio Verde, onde meu pai adotivo vive. Na época, eu não tinha a certidão de nascido vivo”.

“Eles me registraram sem a certidão, porque o meu pai adotivo era amigo da dona do cartório”

Ezilda, que ainda reside em Mato Grosso, disse a ela que as únicas informações que tinha sobre a mãe biológica de Cássia é que ela se chamava Joyce, e teria trabalhado como atendente na Rádio Táxi Cuiabá e que seria fruto de um relacionamento com um taxista.

Depois de muitas decepções e informações falsas, nesta semana a saga de Cássia ganhou novos capítulos, com a descoberta de uma mulher que alega ter dado à luz uma menina no Pronto Socorro de Cuiabá em 8 de março de 1990.

O contato foi realizado após Cássia fazer uma publicação na página Cuiabá de Antigamente, no Facebook, na qual pede ajuda para encontrar sua mãe. Na postagem, ela divulgou uma foto sua em uma praça de Cuiabá, aos sete anos, ao lado de Ezilda.

A possível mãe biológica contou a Cássia que trabalhava como doméstica em Cuiabá, e foi sua patroa quem teria mediado a adoção. Atualmente, ela mora em uma cidade no interior de Mato Grosso do Sul, que faz divisa com o Paraguai

As coincidências entre a história dessa mulher e as informações que Cássia possui são notáveis, incluindo detalhes sobre a roupa que ela usava quando recém-nascida: um conjunto pagão de cor amarela.

Ela também reconheceu vagamente a fisionomia da mãe adotiva de Cássia, e se lembrou do nome “Zilda”. As semelhanças entre as histórias intrigam a cuiabana, que agora aguarda o envio do cabelo da possível mãe biológica para a realização de um exame de DNA.

No entanto, Cássia ainda enfrenta dificuldades financeiras para custear o exame, o que tornou o processo mais desafiador, mas ela mantém a esperança de finalmente encontrar respostas sobre sua verdadeira identidade e proporcionar aos seus dois filhos a chance de conhecerem sua avó.

Caso tenham informações sobre o caso ou interesse em ajudar Cássia a custear o exame de DNA, o contato é: (64) 9969-7077.