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Projeto estabelece nova regra para distribuição do Fundo Nacional de Segurança Pública

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O Projeto de Lei 599/24 proíbe a definição de percentual mínimo, por estado, para a distribuição dos recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP). O texto, que está sendo analisado pela Câmara dos Deputados, também veda a criação de critérios diferentes dos já previstos em lei.

Autora do projeto, a deputada Rosana Valle (PL-SP) diz que, nos últimos anos, a distribuição dos recursos do fundo não vem refletindo as necessidades de cada estado.

“Na prática, os critérios técnicos definidos não estão em conformidade com a realidade dos estados, uma vez que critérios como área, tamanho da população e criminalidade não estão sendo adequadamente considerados”, argumenta a autora.

Segundo a lei que criou o FNSP, a distribuição dos recursos do fundo deverá ser definida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, considerando aspectos geográficos, populacionais e socioeconômicos dos entes federados.

Distorção
A deputada ressalta, no entanto, que uma portaria do Ministério da Justiça estabeleceu em 2021 que cada estado brasileiro deve receber, no mínimo, 3,5% dos recursos do fundo, independentemente de qualquer critério, o que totaliza 94,5% do fundo.

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“Os demais critérios de distribuição deixaram de ter importância, sendo responsáveis apenas por 5,5% do montante total do fundo, com o critério populacional respondendo por 1,1% do total”, diz a autora.

“É essencial corrigir essa distorção criada pelo Poder Executivo e fazer justiça com os estados mais populosos, onde há tipicamente maior necessidade de investimentos em segurança pública”, acrescenta.

Critérios técnicos
Além do percentual mínimo, o regulamento estabelece 24 critérios técnicos para a distribuição de recursos do fundo:

  • extensão territorial;
  • população;
  • efetivo das forças policiais;
  • Índice de Vulnerabilidade Social;
  • Índice de Desenvolvimento Humano;
  • tráfico de drogas; entre outros.

Em 2024, o Fundo Nacional de Segurança Pública distribuiu R$ 1,08 bilhão.

Tramitação
O projeto será analisado, em caráter conclusivo, pelas comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Reportagem – Murilo Souza
Edição – Marcia Becker

Fonte: Câmara dos Deputados

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MATO GROSSO

Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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