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MT tem 19 etnias desenvolvendo turismo indígena, aponta mapeamento da Sedec

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O Mapeamento do Etnoturismo em Mato Grosso aponta que no Estado 19 etnias das 40 que foram mapeadas nos polos Araguaia, Cerrado, Amazônia e Pantanal praticam atividades turísticas em seus territórios. São os povos Apiaka, Aweti, Bakairi, Cinta-larga, Enawene Nawe, Haliti-Pareci, Ikpeng, Kalapalo, Kamayurá, Karajá, Kawaiwete (Kaiabi), Kuikuro, Mebengokre, Nafukua, Paresi, Wuajá (Wauará), Xavante e Yawalapiti.

O trabalho foi apresentado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), na reunião da Câmara Setorial Temática das Causas Indígenas da Assembleia Legislativa, que debateu as ações para promover o desenvolvimento do etnoturismo em Mato Grosso, na última quinta-feira (04.04).

Na apresentação do mapeamento, realizado pela equipe da adjunta de Turismo da Sedec, foi apontado que dentre as principais atividades turísticas dentro das aldeias estão a pesca esportiva, ecoturismo (trilhas, cachoeiras, lagos e rios), turismo cultural (imersão nas aldeias, participação de rituais, artesanato e gastronomia), etnoturismo (vivência completa dentro de um território indígena) e birdwatching (avistamento de aves).

O secretário adjunto de Turismo, Felipe Wellaton, apontou que a obtenção do Plano de Visitação junto a Fundação Nacional do Índio (Funai), exigido pela Instrução Normativa 03/2015 do órgão, tem sido um desafio. A aprovação dele é necessária para regularizar a visitação com fins turísticos nas Terras Indígenas. Contudo, a morosidade é grande e algumas comunidades permanecem trabalhando com o turismo, mesmo irregulares.

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O Estado tem sete aldeias localizadas nos municípios de Alta Floresta, Gaúcha do Norte, Querência, Matupá e Peixoto de Azevedo tem o plano de visitação e estão regulares; 8 aldeias possuem o plano de visitação, porém não houve a renovação e outras 6 aldeias já solicitaram o plano de visitação e aguardam aprovação dos projetos por parte da Funai.

“Quando se fala em turismo a gente tem que responder três perguntas: onde eu vou comer? Onde eu vou me hospedar? E o que eu vou fazer? Isso dentro território ainda mais delicado, pois não pode ter entrada de bebida alcoólica é preciso o Plano de Visitação aprovado na Funai, tem toda uma série de limitações de organização, mas é necessário desenvolver produtos com qualidade e com critérios”, afirmou o secretário.

Ele também destacou que o etnoturismo tem um grande apelo. Tanto que as peças indígenas são as mais procuradas nas feiras nacionais, que o Estado participa. Ao todo são 171 artesãos indígenas mato-grossenses inscritos no Programa de Artesanato Brasileiro (PAB), sendo 106 mulheres. Um dos principais produtos vendidos são os bancos de madeira.

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O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, destacou que o turismo é uma das áreas que o Governo de Mato Grosso aposta para ser alternativa econômica ao agronegócio.

“É uma indústria limpa, verde, que traz sustentabilidade, especialmente o turismo nas aldeias, agregando mais recursos para os nossos indígenas, dando mais autonomia e recursos”, disse. 

O deputado estadual Carlos Avallone (PSDB), presidente da Comissão de Sustentabilidade e Territórios das Causas Indígenas (CST), anunciou que irá convidar a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, para uma visita ao estado, a fim de discutir amplamente questões pertinentes ao tema.

“Embora tenha percorrido quase todos os estados, especialmente do Norte, Nordeste e Amazônia, a ministra ainda não esteve em Mato Grosso. Gostaríamos de promover um diálogo aberto não apenas sobre a visão dela e do Ministério em relação às questões indígenas sob o atual governo nacional, mas também de esclarecer algumas questões. Há muitos acontecimentos em curso e é crucial demonstrá-los, remover as barreiras e garantir que os povos indígenas possam evoluir de maneira compatível com suas culturas, assegurando uma melhoria em sua qualidade de vida”, declarou Avallone.

Fonte: Governo MT – MT

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Especialista dá dicas de como superar escassez de mão de obra na suinocultura

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A falta de mão de obra é um problema que atinge diversas cadeias do setor produtivo, na suinocultura não é diferente, e a escassez de mão de obra e a alta rotatividade de colaboradores afetam diretamente a produtividade e o custo de produção em uma granja. Com a relevância do tema, o médico-veterinário, especialista em Liderança, Engajamento e Produtividade na Suinocultura, Leandro Trindade, apontou os principais desafios e oportunidades para atrair e reter talentos durante o 4º Simpósio da Suinocultura de Mato Grosso.

De acordo com levantamento realizado pela Metodologia Boas Práticas de Liderança (BPL), idealizado por Trindade, a rotatividade dentro das granjas, fenômeno cada vez mais constante, tem elevado os custos da atividade. “O impacto no negócio é direto, e o custo pela substituição de um colaborador pode chegar a 300% do salário anual dele. A repetição de processos, o tempo gasto com treinamento, instabilidade e queda de produtividade são reflexos dessa constante troca de funcionários”, explicou.

Ainda segundo o levantamento, realizado entre 2012 e 2025 em entrevistas nas granjas, a remuneração inadequada não é um dos principais fatores para a falta de engajamento dos colaboradores.

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“Chefe ruim (87%), falta de reconhecimento (78%), condições de trabalho (61%), comunicação ineficaz (58%) e só então remuneração inadequada (39%) montam o ranking de principais causas de afastamento dos colaboradores das granjas. Isso mostra a importância de escolher um líder capacitado para lidar com equipes”, pontuou.

Trindade completa que atualmente o ambiente de trabalho tem maior peso na escolha do colaborador do que o salário. “Clima respeitoso, oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional, jornada de trabalho que permita cuidar da vida pessoal, infraestrutura e reconhecimento do valor do trabalho são pontos que precisam ser trabalhados e colocados como prioridade para conseguir incentivar e engajar um colaborador”.

O vice-presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) e suinocultor, Moisés Sachetti, a pauta abordada durante o evento foi muito bem recebida pelos participantes, visto que é um problema recorrente no setor produtivo.

“É um problema enfrentado não só aqui em Mato Grosso, mas no Brasil. É um problema crescente no agronegócio brasileiro, afetando a produção e a eficiência do setor. Este fenômeno é resultado de uma combinação de fatores, como a falta de qualificação da mão de obra disponível, condições de trabalho no e até mesmo de gestão de pessoas”, afirmou Sachetti ao reforçar que é preciso atenção para evitar que o problema se agrave e acabe comprometendo a produção do setor produtivo.

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