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Ministro da Integração afirma que Plano Nacional de Defesa Civil sai no segundo semestre

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O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, disse nesta quarta-feira (10) que o Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDC) deverá ser entregue no início do segundo semestre.

Previsto na legislação desde 2012 e nunca implementado, o plano vai identificar as áreas sujeitas a riscos de desastres no País e criar um gerenciamento de riscos integrado com os estados e os municípios.

Góes compareceu à Comissão de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional, onde tratou dos principais temais da sua pasta. Ele foi convidado pelo presidente da comissão, deputado José Rocha (União-BA).

O ministro disse que o plano vai trazer melhorias na governança e no atendimento às populações que vivem em áreas de risco ou enfrentam desastres naturais. “[O plano] vai criar uma sinergia maior entre a defesa civil nacional, estadual e municipais”, disse Góes. O texto final deverá ser submetido ao Congresso Nacional.

De acordo com o secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolf, que também participou da audiência pública, o Brasil possui hoje perto de 2 mil municípios em situação de emergência ou de calamidade pública no Brasil. “É um número bastante parecido com o do ano passado”, disse Wolf.

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Durante o debate com os deputados, o ministro pediu mudanças na lei que trata do Fundo Nacional para Calamidades Públicas, Proteção e Defesa Civil (Funcap), para adaptá-la a todas as situações emergenciais. Góes também fez um apelo aos deputados para que votem os projetos do Executivo que instituem as políticas de desenvolvimento do Centro-Oeste, da Amazônia e do Nordeste (respectivamente, PLs 5786/23, 5787/23 e 5789/23).

Caatinga
Diversos deputados apresentaram questões relacionadas às suas regiões. O deputado Pedro Campos defendeu a aprovação do projeto que institui uma política de proteção da Caatinga (PL 4623/19), do qual ele foi o relator na Comissão de Integração Nacional.

O bioma também foi lembrado pelo deputado Gaguim (União-TO), que é favorável à aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 504/10. O texto reconhece a Caatinga como patrimônio nacional. Gaguinho propôs levar o assunto para a reunião do Colégio de Líderes.

O deputado Padovani (União-PR) defendeu a Ferrovia Bioceânica, que vai ligar os portos de Paranaguá (PR) e Antofagasta (Chile), facilitando o comércio com a Ásia. “Tudo o que exportamos de Santos, Itajaí, de Porto Alegre passa pelo Canal do Panamá. Se nós tivéssemos essa ferrovia, ia resolver drasticamente a questão da logística”, disse. Também participaram da audiência pública com o ministro os deputados Gilson Daniel, Paulo Guedes, Átila Lins, Henderson Pinto e Gabriel Nunes.

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Reportagem – Janary Júnior
Edição – Ana Chalub

Fonte: Câmara dos Deputados

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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