Search
Close this search box.
CUIABÁ

POLITÍCA NACIONAL

Após socorro emergencial, turismo será instrumento de reconstrução do Rio Grande do Sul, diz ministro

Publicados

POLITÍCA NACIONAL

O ministro do Turismo, Celso Sabino, afirmou nesta quarta-feira (15) que o setor será fundamental para a reconstrução econômica do Rio Grande do Sul após o socorro emergencial às vítimas das inundações.

Em audiência na Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados, Sabino citou uma série ações da pasta em apoio aos empreendedores turísticos gaúchos, como a liberação de R$ 100 milhões do Fundo Geral do Turismo (Fungetur) para reformas, capital de giro e equipamentos.

O ministro disse ainda que todas as emendas parlamentares destinando recursos para obras no estado já estão pagas. E lembrou o lançamento da campanha “Não cancele, reagende”, para manter a perspectiva de retomada de visitação ao estado após a superação da tragédia.

Aeroportos
Segundo Sabino, outra ação está sendo desenvolvida em parceria com o Ministério de Portos e Aeroportos para restabelecer a conexão aérea no Rio Grande do Sul, diante da interdição do aeroporto Salgado Filho.

“O governo federal tem atuado para operar em aeroportos alternativos e já estamos chegando a praticamente 20% da oferta de assentos que havia antes dos eventos. Pretendemos chegar a 50% até o fim deste mês”, comemorou o ministro. Para isso, outros aeroportos regionais estão tendo a frequência ampliada.

Sabino destacou ainda a operação de guerra na Base Aérea de Canoas para receber mantimentos, distribuir medicamentos e fazer o salvamento de pessoas. “Nós vamos transformar momentaneamente a Base Aérea de Canoas em um aeroporto comercial”, avisou.

Celso Sabino explicou que um shopping próximo vai servir de suporte para o check-in de passageiros, que serão transportados de ônibus até a pista da Base Aérea de Canoas para voos das três principais companhias aéreas do país.

Os aeroportos regionais de Canela e de Caxias do Sul, na Serra Gaúcha, também deverão ter a operação ampliada.

O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, confirmou que o Rio Grande do Sul vai merecer tratamento especial pós-tragédia e estará em destaque no Salão Nacional do Turismo, previsto para agosto, no Rio de Janeiro.

Vinicius Loures / Câmara dos Deputados
Deputado Paulo Litro fala ao microfone
Paulo Litro lembrou a quantidade de turistas estrangeiros que visitam o Rio Grande do Sul

Leia Também:  Proposta permite renegociação de dívidas de pequenas empresas com Pronampe

Importância do turismo
O presidente da Comissão de Turismo, deputado Paulo Litro (PSD-PR), elogiou as iniciativas do governo. “Obviamente que, em um primeiro momento, é buscar restabelecer serviços básicos, como saúde, água, luz, internet. Mas, a reconstrução do Rio Grande do Sul também passa pela questão turística”, disse Litro, lembrando que o estado é o segundo a recebe mais turistas estrangeiros.

“Gramado recebe 8 milhões de turistas por ano, o que gera emprego e renda para a população”, acrescentou.

Pesquisa
Sabino apresentou aos parlamentares o resultado de uma pesquisa do ministério que aponta o setor como a terceira atividade econômica mais importante do País, empatado com indústria e agropecuária, atrás apenas de tecnologia e comércio.

A pesquisa mostrou ainda que 63% dos entrevistados acham que o potencial de exploração do turismo como atividade econômica é alto ou muito alto; 79% acreditam que a exploração do turismo pelas cidades tem mais benefícios do que prejuízos; e 88% reconhecem a importância do turismo para incrementar emprego, renda e economia no País.

Balanço do Ministério
Na audiência, o ministro Celso Sabino também apresentou o balanço das atividades e as novas metas da pasta. Comemorou, por exemplo, os números que apontam forte retomada do setor após a pandemia de Covid-19. Foram quase R$ 190 bilhões em faturamento e 214 mil empregos criados em 2023, com alta expressiva em relação a 2022.

Segundo ele, a melhoria da imagem internacional do Brasil pode ser medida pelo terceiro lugar obtido no ranking de atrativos naturais elaborado pelo Fórum Econômico Mundial. O país ficou atrás apenas de Austrália e México. Bonito, no Mato Grosso do Sul, foi reconhecido como o primeiro destino do mundo em ecoturismo de carbono neutro.

Leia Também:  Comissão de Cultura ouve ministra Margareth Menezes sobre as prioridades para 2023

Mais turistas
Nos quatro primeiros meses deste ano, 2,9 milhões de turistas estrangeiros estiveram no Brasil –  aumento de 7% em relação ao mesmo período do ano passado. Eles gastaram cerca de R$ 10 bilhões, o maior volume registrado desde 1995.

Mas Sabino tem novas metas nesse quesito. “A meta que estava sendo calculada em 8 milhões de turistas estrangeiros para 2027 será posta no Plano Nacional de Turismo acima de 10 milhões. Nós não vamos sossegar enquanto o Brasil não ultrapassar essa marca de 10 milhões de turistas estrangeiros”, avisou.

Além do Plano Nacional de Turismo e do Plano de Adaptação Climática para o setor, que estão em fase final de elaboração, o ministro pretende entregar, ainda neste ano, 622 obras de infraestrutura turística, a partir de investimentos de R$ 594 milhões. Ele também prevê outros R$ 650 milhões  para financiamentos por meio do Fundo Geral do Turismo.

Projetos na Câmara
O ministro pediu aos parlamentares a aprovação de alguns projetos:

  • o que aprimora a Lei Geral do Turismo (Lei 11.771/08), atualmente em discussão no Senado;
  • o que ratifica o acordo que permite a inauguração de escritório regional da Organização Mundial do Turismo, ligada à ONU, no Rio de Janeiro para atender as Américas e o Caribe. Esse texto (MSC 729/23) está pronto para votação no Plenário da Câmara e tem parecer favorável do relator, deputado Marangoni (União-SP).

Já o deputado Paulo Litro pediu o apoio do ministro para ajudar na aprovação do projeto de lei complementar (PLP 353/17), que trata do ressarcimento de impostos a turistas estrangeiros, também pronto para votação no Plenário.

Reportagem – José Carlos Oliveira
Edição – Natalia Doederlein

Fonte: Câmara dos Deputados

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

Publicados

em

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

Leia Também:  Comissão debate violações contra os povos indígenas durante a ditadura militar

 

Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

Leia Também:  Comissão de Cultura ouve ministra Margareth Menezes sobre as prioridades para 2023

E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA