ESPORTES
Setasc abre inscrições para sorteio do Camarote do Autista no jogo do Cuiabá no próximo sábado (05)
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Dourado irá enfrentar o São Paulo na Arena Pantanal, no sábado (05) às 18h.
A Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc) abriu, nesta segunda-feira (30.09), as inscrições para o sorteio que levará portadores da Carteira de Identificação do Autista ao camarote da Arena Pantanal na partida do Cuiabá Esporte Clube contra o São Paulo, no próximo sábado (05.10).
O Camarote do Autista faz parte do Programa SER Família Inclusivo, idealizado pela primeira-dama Virginia Mendes, além da parceria do Cuiabá Esporte Clube e da senadora Margareth Buzetti.
O Dourado irá enfrentar o São Paulo às 18h de sábado. O jogo é válido pela 28ª rodada do campeonato que havia sido adiado.
Os interessados podem se inscrever até às 12h, de quinta-feira (03), por meio de formulário no site da Setasc (clique aqui para se inscrever). O sorteio será realizado no mesmo dia.
Camarote do Autista
O camarote do autista teve início em 2023. Ao todo, são sorteadas oito pessoas que possuem a Carteira de Identificação do Autista. Após o sorteio dos nomes, será conferido se o sorteado possui o documento exigido. Se confirmada a informação, os servidores da Setasc entram em contato com os sorteados.
Caso haja desistência, novos sorteios serão realizados até que sejam confirmados os oito autistas que irão ocupar o camarote. Cada um sorteado poderá levar um acompanhante.
É importante lembrar que não é permitida a entrada com camisetas de outras seleções, que não seja a do Brasil, e de outros times. Somente é permitida a camiseta do Dourado.
Para 2024, a novidade é que os sorteados deverão ter também cadastro no aplicativo FacePass, pois, a partir deste ano, a entrada na Arena Pantanal será feita unicamente por meio de reconhecimento facial.
Carteira de Identificação do Autista
O documento é emitido de forma gratuita pela Setasc e contém informações específicas e qualificadas da pessoa com o transtorno, o contato de emergência e, caso houver, informações de seu representante legal/cuidador.
O cadastro da Carteira de Identificação do Autista é realizado pelo aplicativo MT Cidadão, desde setembro de 2022, na modalidade digital e/ou física (impressa). O prazo para a emissão da carteira digital é de cinco dias a contar do envio da documentação via aplicativo, análise e aprovação pela equipe da Setasc. Já para a emissão da carteira física, o prazo é de 30 dias.
Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (65) 98421-4080/(65) 3613-5711 ou no site da Setasc.
FacePass
O cadastramento facial para a entrada na Arena Pantanal é gerido pelo aplicativo FacePass Brasil, empresa responsável pela implantação e desenvolvimento do sistema de reconhecimento facial no estádio. Para se cadastrar, o usuário deve preencher os formulários com informações pessoais e de endereço. O cadastro é feito no site – clique aqui para acessar.
ESPORTES
Como o Flamengo descobriu Vini Jr, primeiro jogador formado no clube a se tornar o melhor do mundo
Joia chegou ao Rubro-Negro com apenas 10 anos após começar a brilhar em escolinha e no futsal na Região Metropolitana do Rio.
A vitória de Vini Jr. no prêmio The Best, na última terça-feira, fez com que o Brasil voltasse ter o melhor jogador do mundo, segundo a Fifa, depois de 17 anos. Romário, que apesar de ter virado ídolo rubro-negro teve sua origem no Vasco, foi o primeiro, em 1994. Depois dele vieram: Ronaldo Fenômeno (1996, 1997 e 2002), revelado pelo Cruzeiro; Rivaldo (1999), revelação do Santa Cruz; Ronaldinho Gaúcho (2004 e 2005), fruto da base do Grêmio; Kaká (2007), formado no São Paulo; e agora Vinicius (2024), o primeiro premiado que é cria do Flamengo.
O hoje astro do Real Madrid e da seleção brasileira chegou ao Rubro-Negro com apenas 10 anos e se formou durante quase uma década no clube. Mas como o Flamengo descobriu a sua maior joia no Século XXI? A história de Vini não foge à regra da maioria dos jogadores brasileiros: nascido em uma família humilde da periferia e que teve no futebol um meio de mudar de vida.
O início: society e futsal
Foi em 2006 que tudo começou. O Seu Vinícius José, pai do garotinho de seis anos apaixonado por bola, decidiu levar o filho para uma das 125 escolinhas filiais do Flamengo pelo Brasil na época. A mais próxima de sua casa, no bairro Porto do Rosa, era a de Mutuá, a 3 km de distância. Tudo isso em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
A ficha de inscrição existe até hoje e tem algumas curiosidades da época, como a posição de lateral-esquerdo e Renato Abreu como o jogador que mais gostava do Flamengo. Mas Vini foi lateral só no papel, garantiu Carlos “Cacau” Abrantes, primeiro treinador do atacante:
– O que acontece: lá o nosso campo é de cinco na linha. A ficha do aluno a gente preenche com o que os pais vão falando quando chegam. Depois, em campo, é que vamos vendo onde os meninos se encaixam. Não é que ele treinava de lateral-esquerdo, não (risos). Pelo fato do nosso campo ser pequeno, ele ficava sempre pelo lado esquerdo, como ele joga hoje, mas o Vini sempre foi atacante com a gente.
Vinicius passou seis anos treinando com Cacau nessa escolinha de campo society, de grama sintética. E foi onde começou a brilhar nos torneios. Como por exemplo a Copa Fla, competição disputada na Gávea entre as escolinhas do clube, que eram divididas por cores. O número dos jogadores na camisa era o de inscrição de cada um (veja no vídeo abaixo um gol do camisa 21 na última edição que jogou).
Seu talento já aflorava a ponto de ser impossível não notar. E isso lhe rendeu bolsas, tanto na escolinha de futebol de Mutuá quanto no Colégio Odete São Paio, no bairro Colubandê, onde estudou por sete anos e depois da fama deu nome ao ginásio da escola. Apesar de alguma afinidade com a matemática, sua praia era contar gols.
E a fome por bola era tanta que um campo só não o saciava. Por indicação do próprio Cacau, em 2007 Vini passou a treinar também futsal no Canto do Rio, um histórico clube na cidade vizinha de Niterói. Foi no salão que ele aprimorou os dribles curtos que viraram sua marca, e quase tomou um outro rumo na carreira.
Dois anos depois, quando tinha 9, Vinicius foi levado para fazer teste no futsal do Flamengo. Como era muito novo, pediram para ele voltar no ano seguinte. Mas ao invés de retornar no início de 2010, o garoto preferiu esperar o meio do ano para tentar a peneira rubro-negra no campo. E passou. Só que como o sub-10 não treinava todos os dias, Vini continuou frequentando a escolinha de Cacau até 2012.
– O que mais tenho são fotos dessa época. Parecia até que a gente estava adivinhando tudo isso que ele viria a ser (risos) – brincou Cacau.
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