MATO GROSSO
Mato Grosso Registra Mais de 3,3 Mil Prisões por Embriaguez ao Volante
MATO GROSSO
Mais de 3,3 mil motoristas foram presos por embriaguez ao volante em Mato Grosso entre janeiro e novembro deste ano, durante as operações Lei Seca. Esse número representa um aumento de 18% em relação a 2023, quando foram detidos cerca de 2,8 mil condutores.
De acordo com dados do Gabinete de Gestão Integrada (GGI) da Secretaria de Segurança Pública do Estado, em 2024 foram realizadas 391 operações Lei Seca em nove municípios que aderiram à campanha de conscientização de trânsito, um aumento de 12% em comparação com as 348 operações realizadas no ano anterior.
O aumento no número de operações também impactou no número de testes de alcoolemia aplicados: 60,7 mil exames. Em 2023, esse número foi de cerca de 40,5 mil testes.
A coordenadora do GGI, tenente-coronel PM Monalisa Furlan Toledo, atribui o aumento das prisões ao incremento nas operações e no número de testes realizados. “Nosso foco é promover a conscientização da sociedade e não apenas fiscalizar e aplicar multas. Esses números elevados mostram que o comportamento inadequado ainda persiste, mas reforçam a importância da operação no processo de conscientização”, destaca.
Resultados expressivos
Neste ano, o número de veículos removidos por irregularidades, durante as operações, cresceu 30%, totalizando 16,4 mil apreensões, em comparação com 12,6 mil em 2023. Além disso, 6,8 mil motoristas foram multados por dirigirem sob efeito de álcool. O número é 21% maior do que as 5,6 mil autuações aplicadas no ano anterior.
Outro dado relevante foi o crescimento de 31% no número de recusas ao teste do bafômetro: cerca de 2,5 mil condutores se recusaram a realizar o exame, enquanto no ano passado foram registrados 1,9 mil casos.
No total, cerca de 36 mil Autos de Infração de Trânsito (AITs) foram emitidos em 2024. Este número, por sua vez, é 50% a mais do que os 24 mil AITs aplicados no ano passado.
Operações por município
As ações da Operação Lei Seca foram realizadas nos municípios de Cuiabá (110), Várzea Grande (45), Sinop (43), Cáceres (38), Tangará da Serra (31), Sorriso (44), Alta Floresta (36), Barra do Garças (29) e Nova Mutum (15), em parceria com as respectivas administrações municipais.
Cuiabá e Várzea Grande
Em Cuiabá, foram realizadas 110 operações, resultando na prisão de 1.036 pessoas por embriaguez ao volante. Foram aplicados 8,5 mil autos de infração, sendo 2,1 mil por condução de veículo sob efeito de álcool. Além disso, 5,3 mil veículos foram removidos, enquanto 772 motoristas se recusaram a realizar o teste do bafômetro — um decréscimo de 16% em relação às 929 recusas de 2023.
A coordenadora Monalisa Furlan avalia positivamente a redução nas recusas aos testes, atribuindo-a à conscientização da população. “Percebemos que as pessoas abordadas têm demonstrado maior confiança na operação. A grande maioria respeita as leis de trânsito e tem apresentado menos objeção em se submeter ao teste”, pontua.
Já em Várzea Grande, 264 motoristas foram presos por embriaguez durante 45 edições da Lei Seca – um aumento de quase 40% em relação a 2023, quando 189 condutores foram detidos.
No município, foram realizados mais de 7,7 mil exames de alcoolemia, que resultaram em 4,8 mil multas, sendo 615 por dirigir sob efeito de álcool. Os agentes também removeram 2.382 veículos – um aumento de 80% em relação ao ano anterior.
Implicações legais
Conduzir veículo com teor alcoólico superior a 0,34 mg/L configura crime de trânsito, com previsão de pena de 6 meses a 3 anos de detenção, multa de R$ 2.934,70, suspensão ou proibição de dirigir por um ano, além do recolhimento da CNH e retenção do veículo. Já para casos em que o teor alcoólico fica entre 0,05 e 0,33mg/L, o condutor está sujeito à multa, suspensão da CNH por um ano, recolhimento do documento e retenção do veículo.
O impacto das operações Lei Seca evidencia a importância da fiscalização e reforça o papel educativo da campanha, que busca salvar vidas e promover a segurança no trânsito em Mato Grosso.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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