BRASIL
Aos 94 anos, morre a vitralista Marianne Peretti
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Marianne foi a única mulher a integrar a equipe do arquiteto Oscar Niemeyer na construção da capital e tem obras em vários pontos da cidade.
Por meio de nota, o presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Humberto Martins, lamentou a morte da artista.
“Hoje é um dia de luto para todo o Tribunal da Cidadania, que se despede de uma das mentes mais brilhantes por trás da estética ímpar dos seus traços arquitetônicos. Após cumprir com maestria a sua missão na Terra, a notável artista plástica Marianne Peretti deixa ao Superior Tribunal de Justiça um legado eterno de ousadia e genialidade em obras-primas como a impressionante fachada da corte superior e a imponente escultura Mão de Deus”, diz o comunicado.
Obra
Marianne Peretti nasceu em Paris, em 1927, e naturalizou-se brasileira na década de 1950, quando se mudou para São Paulo e passou a investir na carreira artística. Na Europa, ela já havia feito ilustrações para livros, mas, em solo brasileiro, dedicou-se a vitrais, painéis, esculturas e relevos para edifícios.
Há vitrais da artista na Catedral de Brasília, na capela do Palácio do Jaburu, no Superior Tribunal de Justiça, na Câmara dos Deputados, no Panteão da Pátria e da Liberdade e no Memorial Juscelino Kubitschek.
Há obras da artista em vários prédios de Oscar Niemeyer em outras partes do Brasil e do mundo: na sede da Revista Manchete (Rio de Janeiro), no Edifício Burgo (Turim, Itália) e na Maison de la Culture du Havre (Le Havre, França). Em Paris, está exposto seu primeiro vitral, feito para a Câmara Sindical de Eletricidade, no Boulevard Voltaire.
Seus desenhos ilustraram livros como La Grèce, de Dore Ogrizec, e o Almanach de Saint-German-des-Près.
Edição: Nádia Franco


BRASIL
Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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