BRASIL
Bienal do Livro do Rio terá estande inédito dedicado à fotografia
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Pela primeira vez em 40 anos de existência, a Bienal do Livro do Rio de Janeiro vai ter um estande dedicado à fotografia, denominado Autores de Imagens. A iniciativa é do fotógrafo Ricardo Siqueira, da Editora Luminatti. O estande é o T27 e estará localizado no Pavilhão Verde do Riocentro, na Barra da Tijuca, zona oeste da capital do estado. A Bienal do Livro do Rio será realizada no período de 1º a 10 de setembro próximo, das 10h às 22h, diariamente.
Vinte e seis fotógrafos dividirão o estande, em diversos momentos, conversando com o público, durante a Bienal: Ana Branco, André Arruda, Edu Simões, Guina Ramos, Gustavo Pedro, João Farkas, Luís Baltar, Monique Cabral, Renato Negrão, Ricardo Beliel, Rogerio Reis, Valdemir Cunha, Yara Schreiber são alguns deles. Cada profissional terá espaço livre para contar fatos importantes de sua carreira, projetar suas imagens em uma tela e falar da relação com as fotos e os livros publicados. “Como foi a trilha de cada um, os caminhos que eles seguiram”, pontuou Siqueira. “A gente quer que as pessoas sintam que o fotógrafo pode ser editor de livros importantes, que têm conteúdo”.
Na fotografia há mais de 30 anos, Siqueira fez um projeto cultural, onde os autores fotógrafos teriam espaço para divulgar seus trabalhos e falar do livro como suporte da fotografia. O projeto foi aprovado pela prefeitura carioca, conseguiu patrocinadores e agora, terá esse primeiro espaço na Bienal. O viés são livros com autores fotógrafos. “Onde o principal insumo da publicação é a fotografia. O texto entra como suporte. A linguagem é visual”, acentuou Siqueira.
De acordo com Siqueira, não se trata de um estande comercial. “A venda do livro é um acessório. O que a gente quer é um espaço para mostrar que a fotografia casa muito bem com o suporte do livro, para estimular as pessoas a verem o livro fotográfico como um objeto importante, que resiste à nossa época. É muito fácil a comunicação através da imagem. O objetivo do estande é mostrar como a fotografia é importante como meio de linguagem. E o suporte do livro é melhor, porque é eterno”.
Bonecos e pretinhas
Guina Ramos é um dos fotógrafos que participarão do estande Autores de Imagens. Criador da editora própria Guina &dita, tem publicado fotos em formato comum de livro. À Agência Brasil Guina Ramos explicou que o mais conhecido deles foi confeccionado com fotos suas em preto e branco do tempo em que trabalhou em jornal. “Ficou mais fácil publicar por demanda, porque era um custo razoável para você vender por um preço normal”. São textos acompanhando a trajetória de um personagem, totalizando 100 fotos. A edição foi fechada com um tom de prosa poética.
Outras fotos resultaram no livro Bonecos e Pretinhas, em que relaciona os fotógrafos que fazem os “bonecos” com os repórteres que trabalhavam com as teclas das antigas máquinas de escrever, conhecidas no jargão jornalístico como “pretinhas”. “Selecionei umas 300 pessoas que fotografei algum dia para fazer matéria”. Guina Ramos tem também um livro de memórias no qual conta histórias, com fotos e reportagens, intitulado A Outra Face das Fotos. No estande, ele vai falar de sua experiência de publicar livros por conta própria, com a característica de diálogo entre texto e foto.
Fonte: EBC GERAL


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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