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Brasil prepara sugestão de ações para diminuir efeitos do plástico

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O Brasil se prepara para contribuir com o Acordo Global de Plásticos da Organização das Nações Unidas com indicações de formas de minimizar o impacto deste material no mundo. O Instituto de Macromoléculas Professora Eloisa Mano (IMA), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e a Sociedade Brasileira de Química (SBQ) são responsáveis por fornecer todos os subsídios técnicos ao Ministério das Relações Exteriores, para que ele possa indicar ações a serem adotadas pelos países signatários do Acordo Global de Plásticos das Nações Unidas..

“[Vamos apontar] O que temos que fazer para minimizar o efeito do plástico pelo descarte indiscriminado de pessoas e empresas, efeitos que não são benéficos para a saúde humana, marinha e para o meio ambiente”, explicou nesta sexta-feira (8) à Agência Brasil a professora Maria Inês Bruno Tavares, diretora do Instituto. 

Identificação

De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), 400 milhões de toneladas de plástico são produzidas por ano. Dados do Perfil 2022 da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) revelam que o Brasil responde por 2% da produção mundial de plástico, com total de 6,7 milhões de toneladas por ano de material cujo destaque traz impactos negativos para o meio ambiente. O setor engloba mais de 11 mil empresas, que empregam mais de 340 mil brasileiros e faturam 117,5 bilhões de reais.

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Maria Inês Bruno Tavares disse que a ideia é definir os critérios técnicos para caracterizar os tipos de plástico, identificando o que é plástico de uso único, plástico desnecessário ou problemático, uma vez que na primeira versão do documento com a posição brasileira não há destaque para a educação ambiental, nem para a reciclagem e o reúso.

Sugestões

O grupo do IMA já fez algumas sugestões. Entre elas, que os polímeros sintéticos que compõem o plástico sejam substituídos por biodegradáveis na cadeia produtiva. È preciso também aumentar o uso de materiais recicláveis na composição de novos produtos e identificar, nos rótulos, todos os tipos de materiais que compõem as embalagens. A partir dessa identificação, é mais fácil saber o que pode ser reutilizado ou reciclado. A diretora lembrou que os plásticos de uso único não precisam ser descartados porque podem gerar energia. “Reciclagem é a palavra-chave para minimizar os problemas”. Já os produtos em estado de degradação grande devem ser descartados em aterros sanitários de forma controlada, apontou.

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Para incentivar a reciclagem entre indústria e população, uma das propostas é que a embalagem seja devolvida na empresa pelo consumidor e trocada por um desconto para a próxima compra, indicou Maria Inês. A especialista diz acreditar que as empresas brasileiras que lidam com polímeros têm participado do esforço para a redução dos plásticos.

O IMA vai iniciar processo de ensino aos profissionais que fazem reciclagem no Hangar, na Cidade Universitária, para que reconheçam as diferenças entre os materiais plásticos e o seu potencial financeiro, porque pode haver um valor agregado naquele produto, que não deve ser jogado fora. Em paralelo, o instituto continua realizando ações nas escolas, iniciadas em 2009. Nas semanas de Nanotecnologia e de Polímeros, o IMA recebe anualmente estudantes de escolas públicas e particulares para conhecerem o que são polímeros e suas características. A média é de 700 pessoas recebidas por dia nesses eventos.

Fonte: EBC GERAL

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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