BRASIL
Censo 2022 traça perfil demográfico de brasileiros pós-pandemia
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Principal ferramenta de conhecimento da demografia e das mudanças da população, o Censo está sendo aplicado e deverá mostrar um raio-x do Brasil pós-pandemia, explicou hoje (16), em entrevista ao programa A Voz do Brasil, o presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eduardo Rios Neto.
Segundo Neto, o Brasil é signatário de convenções internacionais de estatística que padronizam e garantem a segurança de processos de coleta de dados em massa. O presidente do IBGE explicou que o anonimato das pessoas entrevistadas é um dos pilares das normas do instituto, assegurado, inclusive, por jurisprudências.
“Um dos nossos princípios é o sigilo estatístico. O IBGE não entrega dado de ninguém. A gente tem uma espécia de sala segura exatamente para ter certeza de que ninguém vai pegar um dado individualizado, nem mesmo o próprio governo”, explicou.
Ao contrário de outras pesquisas, o Censo não é feito por amostragem. Ele é feito em todas as residências – segundo o próprio IBGE, são 80 milhões em todo o Brasil. O Censo tem dois tipos distintos de questionário: o simples e o completo.
“Em cada 10 entrevistas, 9 serão do questionário básico. É bem rapidinho. E um desses 10, cerca de 10 a 11% do total, são os questionários mais longos, aonde a gente pergunta em mais detalhes as condições de trabalho, condições de renda”, esclareceu Neto.
“Com esse questionário longo, somos capazes de traçar um perfil muito detalhado de todos os municípios brasileiros, de todos os 5.570 municípios”, complementou.
O presidente do instituto fez, ainda, um apelo. “Estou aqui pedindo que todos abram as portas para o IBGE”, já que a coleta de informações, conforme argumentou, é vital para traçar políticas públicas e conhecer a real situação das famílias brasileiras.
Eduardo Rios Neto lembrou, ainda, que os agentes recenseadores portam um crachá de identificação que pode ser conferido por meio de QR code, além de usarem os coletes azuis característicos.
Assista à entrevista em A Voz do Brasil:
Edição: Pedro Ivo de Oliveira
Fonte: EBC Geral


BRASIL
Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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