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Chuvas causam morte e estragos no Rio Grande do Sul
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A Defesa Civil do Rio Grande do Sul confirmou hoje (21) a quinta morte em decorrência das fortes chuvas que atingem o estado. A vítima é moradora de Eldorado do Sul, na região metropolitana de Porto Alegre.
Segundo a Defesa Civil, a mulher de 67 anos de idade, cujo nome não foi divulgado, estava dentro de sua casa, alagada pelas chuvas dos últimos dias. Parentes a encontraram desacordada, chamaram o socorro, mas a vítima não resistiu,.
“Infelizmente, tivemos a confirmação de mais uma morte em função das chuvas no estado. Uma senhora de 67 anos foi encontrada morta dentro de uma casa alagada em Eldorado do Sul. Meus sentimentos à família”, lamentou o governador Eduardo Leite em seu perfil na rede social X (antigo Twitter).
Devido aos eventos climáticos dos últimos dias, a prefeitura de Eldorado do Sul suspendeu as aulas de 11 escolas municipais nesta terça-feira e suspendeu os atendimentos por tempo indeterminado em ao menos cinco unidades de saúde, incluindo o Pronto Atendimento Central 24h. e a Farmácia Municipal – no interior da qual a água acumulada atingiu cerca de um metro de altura, estragando medicamentos e equipamentos.
Responsável por atender famílias atingidas pelas enchentes na cidade, a Defesa Civil do município está solicitando ajuda de outras cidades para doação de telhas, colchões, alimentos não perecíveis, roupas de cama, produtos de limpeza e higiene. Todo o material arrecadado serão distribuídos entre as pessoas que a prefeitura acolheu no abrigo improvisado em um centro esportivo da cidade.
Desalojados
Segundo a Defesa Civil estadual, o número de pessoas afetadas pelas chuvas intermitentes não para de crescer em todo o estado. Um levantamento preliminar que a assessoria do órgão divulgou esta manhã indica que a quantidade de pessoas desabrigadas acolhidas em abrigos públicos ou de instituições assistenciais aumentou de 2.653 para 3.351 devido às informações que as prefeituras dos municípios atingidos repassaram nas últimas horas.
Além disso, ao menos 24.976 pessoas estão desalojadas e tiveram que buscar abrigo temporário nas residências de parentes ou amigos ou em pousadas e hotéis. O número é mais de três vezes superior do que os 7.527 desalojados informados em boletim anterior da Defesa Civil estadual. Segundo o órgão, só a prefeitura de Arroio do Meio acrescentou 7 mil pessoas à relação.
De acordo com o prefeito de Arroio do Meio, Danilo Bruxel, cerca de metade das residências da cidade está sem energia elétrica e parte da infraestrutura urbana foi afetada pelas águas da chuva ou pelo transbordamento do Rio Taquari. A Defesa Civil estima que a cheia do rio atingiu cerca de 3,9 mil moradores da cidade, forçando 600 pessoas desabrigadas a se acomodarem nas instalações improvisadas em quatro ginásios da região. Em torno de 200 casas foram totalmente destruídas ou condenadas pelas forças d´água.
Capital
O volume de água no Rio Guaíba também continua aumentando, causando preocupação para famílias ribeirinhas e para moradores de Porto Alegre, capital do estado. Segundo a prefeitura, nesta manhã o nível do rio atingiu 3,46 metros próximo ao Cais Mauá, onde a cota de inundação é de 3 metros de profundidade.
Ontem, a prefeitura já tinha iniciado o processo de fechamento das comportas do sistema de proteção contra as cheias. Hoje, o prefeito Sebastião Melo anunciou que vai decretar situação de emergência devido às enchentes. A medida, que ainda será publicada no Diário Oficial de Porto Alegre (Dopa), visa a facilitar o processo de contratações de serviços e produtos necessários a remediar os impactos da cheia do Rio Guaíba.
Até esta manhã, ao menos 920 pessoas já tinham sido removidas de suas casas. Destas, 134 tiveram que ser acolhidas em dois abrigos provisórios providenciados pela Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc). Um terceiro abrigo deve ser aberto em breve.
“Todos os esforços estão mobilizados para ampliar o acolhimento e oferecer infraestrutura para as pessoas. Estamos trabalhando firme para que a cidade funcione durante este desafio climático que estamos vivendo”, afirmou, em nota, o prefeito Sebastião Melo.
Fonte: EBC GERAL


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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