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Cinema de animação é destaque em festival de Ouro Preto

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A Mostra de Cinema de Ouro Preto (CineOP), cuja cerimônia de abertura foi realizada na noite de quinta-feira (20), busca neste ano dar centralidade aos filmes de animação. O gênero responde por 47 dos 153 títulos selecionados para exibição no evento. Realizada na cidade histórica mineira, a mostra, que está na 19ª edição, vai até segunda-feira (24). Parte dos filmes também pode ser assistido pela internet, por meio da plataforma da mostra.

“Nesta edição, colocamos o holofote no cinema de animação, que envolve uma produção de resistência e de resiliência. Existe uma dificuldade muito grande de continuidade. De um ponto de vista da história, vamos abordar as várias descontinuidades. A proposta é abrir um espaço de diálogo, de encontros e de entendimento do que é a produção do passado e de hoje, com as diversas tecnologias e os diversos estilos e desenhos”, explica a coordenadora-geral da CineOP, Raquel Hallak.

Referência no calendário cinematográfico nacional, a CineOP é organizada pela Universo Produção, que também é responsável pela tradicional Mostra de Cinema de Tiradentes (MG). O evento surgiu em 2006 com o intuito de suprir uma demanda do setor audiovisual por um festival estruturado em três eixos: patrimônio, educação e história. Para cada um deles, há uma vasta programação, totalmente gratuita, que mobiliza cineastas, pesquisadores, restauradores, professores, críticos, estudantes e cinéfilos em geral. São realizados debates, rodas de conversas, oficinas, apresentações musicais, atrações infantis e outras atividades.

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O tema da edição deste ano é Cinema de animação no Brasil: uma perspectiva histórica. Dos 153 filmes selecionados, 15 são longas-metragens, um média e 122 curtas, produzidos em 18 estados brasileiros e em mais seis países (Angola, Argentina, Benin, Colômbia, França e Portugal). Segundo Raquel, a programação atende uma demanda dos produtores. “Existe essa lacuna. O Anima Mundi, que é um festival importante da animação, não acontece desde 2019. Então, tinha já uma reivindicação do setor para que a animação fosse destacada dentro de uma das nossas mostras.”

Na cerimônia de abertura, o homenageado deste ano, Alêu Abreu, recebeu o Troféu Vila Rica. Ele é diretor do longa-metragem O Menino e o Mundo, que foi indicado ao Oscar 2016 na categoria de melhor animação.

Ao todo, 31 animadores estarão presentes na CineOP. “Vamos focar em vieses de discussão: a animação ontem e hoje, as autoras na animação, a animação em Minas, que tem uma formação muito forte através das universidades públicas – UFMG [Universidade Federal de Minas Gerais] e UEMG [Universidade do Estado de Minas Gerais] – e a animação de invenção, que envolve os traços autorais desses artistas”, acrescenta Raquel.

Patrimônio

Uma das principais marcas da CineOP é o Encontro Nacional de Arquivos e Acervos Audiovisuais Brasileiros, que ocorre dentro da programação do eixo Patrimônio. Trata-se de um dos principais fóruns em que se discutem políticas públicas voltadas para preservação dos filmes nacionais. A pauta inclui temas como prioridades para a restauração, processos de digitalização, acesso da população aos filmes e organização de bancos de dados.

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Na edição deste ano, o Encontro Nacional de Arquivos e Acervos Audiovisuais Brasileiros conta com a presença da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Carmen Lúcia.

“A preservação era tida como o ‘patinho feio’ entre os temas envolvendo a cadeia produtiva do audiovisual. Desde que a colocamos em pauta na primeira edição da CineOP, pudemos testemunhar vários avanços. Sempre fazemos um alerta sobre a necessidade de pensar a preservação antes de começar a filmar. Isso vale para qualquer gênero, inclusive para a animação. E a ideia é gerar uma reflexão. Onde que estão esses filmes? Qual o estado da cópia desses filmes? Quem é dono desses filmes?”, questiona Raquel Hallak.

Ela destaca a animação como uma arte coletiva: “são várias mãos fazendo. Muitas vezes você tem o animador e tem outro diretor. Então, tem mais de uma autoria dentro do sistema da animação. E realmente existe essa preocupação sobre  como que esses filmes estão preservados.”

Fonte: EBC GERAL

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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