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Cordão do Boitatá realiza seu 27º Cortejo neste domingo no Rio
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A retomada da democracia é o tema do carnaval deste ano do Cordão do Boitatá, um dos blocos pioneiros na retomada do carnaval de rua do Rio de Janeiro e reconhecido como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Estado.
O bloco realiza seu 27º Cortejo neste domingo (12), pré-carnaval, às 8h, retomando o trajeto pelas ruas da Assembleia e Carioca. Nesta última, o cortejo vai parar diante da Casa do Choro e tocar composições de Pixinguinha e alguns sambas, segundo informou à Agência Brasil o diretor musical do bloco, acordeonista, pianista e compositor Kiko Horta.
No dia 19, durante o 17º Baile Multicultural, na Praça XV, no centro da cidade, a partir das 9h, serão feitas algumas homenagens, por exemplo, aos 80 anos de Paulinho da Viola e de Gilberto Gil, aos 85 anos de Martinho da Vila, a Gal Costa, a Moraes Moreira.
Campanha
Este ano, o Cordão do Boitatá lançou campanha de financiamento coletivo para ajudar a viabilizar o Baile Multicultural. “Qualquer quantia é bem-vinda. É bem importante que as pessoas compartilhem, cheguem junto”, disse Horta. A campanha vai se estender até alcançar a meta estabelecida de R$ 150 mil. Para os integrantes do bloco, realizar o baile na Praça XV significa manter a tradição carnavalesca do Boitatá e entregar, além do cortejo, um show para o público, que chega a durar sete horas, com foliões e turistas nacionais e internacionais.
O mecanismo de captação dos recursos está no site do bloco. A iniciativa tem parceria da Associação de Fomento ao Empreendedor Sócio-cultural Educacional Saúva, que faz a captação e o gerenciamento da verba. Quem quiser contribuir com a campanha pode depositar diretamente via PIX boitata@gruposauva.com, através do QR Code para uma conta da Saúva exclusiva, ou nos cartões e Paypal.
Turma grande
A orquestra de rua vai sair com 100 músicos. Incluindo as alas dos estandartes e dos pernas de pau, entre outras, o bloco totaliza em torno de 200 componentes. “É uma turma grande”, afirmou Kiko Horta.
Atrás do bloco, acompanhando o cortejo, seguem entre 15 mil a 20 mil pessoas. Já no baile, na Praça XV, cerca de 60 mil a 70 mil foliões acompanham os shows, que se estendem até as 17h e reúnem artistas como Teresa Cristina, Jongo da Serrinha, Rita Benedita, Moyseis Marques, entre outros. “Vai ser animado, vai ser bonito”, prometeu o diretor.
Edição: Maria Claudia
Fonte: EBC Geral


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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