BRASIL
Evento doará tatuagens de segurança para pessoas com doenças crônicas
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O Rio de Janeiro recebe a partir desta sexta-feira, o 10º Tattoo Week Rio, evento cuja marca registrada é a solidariedade, misturando encontro de artes com ações sociais que utilizam a tatuagem. A diretora-presidente do evento, Esther Gawendo, disse à Agência Brasil que serão doadas tatuagens de segurança para pacientes com doenças crônicas como diabetes e hipertensão ou alergia a alguma medicação. As pessoas interessadas podem se inscrever até sexta-feira no endereço eletrônico https://taplink.cc/tattooweek. O evento se estenderá até domingo (22).
“Nós tatuamos de forma voluntária no evento”, disse a diretora-presidente. Esther destacou que muitas vidas podem ser salvas dessa forma. “Se você está em uma crise e tem a sua tatuagem indicando que você é alérgico ou diabético, isso pode poupar muita coisa na hora do socorro”.
A 10ª Tattoo Week Rio vai promover também micropigmentações de sobrancelhas e micropigmentações paramédicas de reconstrução da aréola do mamilo para mulheres mastectomizadas, vítimas de câncer e que perderam o mamilo. Nesta edição, serão atendidos também, pela primeira vez, homens trans que fizeram implante mamário e não têm mamilo por conta da transição de gênero.
Os organizadores dizem que o procedimento de micropigmentação paramédica só poderá ser realizado mediante a apresentação de atestado médico. No ano passado, foram atendidas 250 pessoas. Este ano, a expectativa é dobrar esse número.
Parceria
O evento é realizado por meio de uma parceria entre a Tattoo do Bem, a Tattoo Week e o Projeto Arte com Paixão, idealizado pela micropigmentadora paramédica Ana Savoy. “O meu projeto social Arte com Paixāo, que criei em 2012, sempre me emociona quando vejo a alegria e a recuperação da autoestima das mulheres e homens trans. E, dessa vez, com a parceria da Tattoo Week, faremos muitas pessoas felizes”, disse.
Para o idealizador e fundador da Tattoo Week, Enio Conte, o evento pretende dar visibilidade à arte na pele, valorizando seus artistas e mostrando que o setor é um importante mercado na economia. “Nosso objetivo é trazer uma nova experiência aos participantes e visitantes e emocionar, provando que tatuagem, além de arte, é solidariedade e gera emprego e renda”.
A Lei Municipal 7.748, sancionada em 26 de dezembro do ano passado pelo prefeito Eduardo Paes, incluiu a Tattoo Week no calendário oficial de eventos da cidade do Rio de Janeiro. “Este ano nós entramos oficialmente para os eventos da cidade”, comemorou Esther. “É de suma importância para o evento, que está em sua décima edição aqui no Rio, esse apoio que a prefeitura e a Riotur estão nos concedendo”.
Abertura
Na sexta-feira, das 12h às 22h, os visitantes poderão ingressar no evento gratuitamente, mediante a doação de dois quilos de alimento não perecível (exceto sal e açúcar). Parte dos alimentos arrecadados será doada para a Estação Primeira de Mangueira, uma das mais tradicionais escolas de samba do Rio de Janeiro. Outra parte será doada para o fundo social da cidade, que tem instituições cadastradas para receberem os alimentos.
Crianças do projeto Mangueira do Amanhã participarão da abertura oficial da Tattoo Week Rio. O projeto terá ainda uma loja para venda de souvenirs aos visitantes, com o intuito de geração de renda.
O encontro ocorre no Centro Sul América, atual Espaço Mag, na Cidade Nova, região central do Rio. Nos dias 21 e 22, no mesmo horário, os ingressos poderão ser adquiridos pelo link https://lets.events/e/tattoo-week-edicao-rio-de-janeiro-2023 ou diretamente na bilheteria do evento por preços que variam de R$ 30 (ingresso social com doação de um quilo de alimento não perecível) a R$ 120 (combos). Os combos incluem camiseta e copo alusivo ao encontro, além de uma tatuagem gratuita que a pessoa poderá escolher em um caderno pré-estabelecido. “São tatuagens de até cinco centímetros e têm uma opção muito grande”, informou Esther.
A Tattoo Week Rio terá 250 estandes de estúdios e empresas de tatuagem e piercing, que somam 2.500 expositores, além de área gastronômica, espaço lúdico para crianças com educadores, espaço fitness e estacionamento. “É um evento para a família”, disse a diretora-presidente. Mais de mil tatuadores e piercers de várias partes do Brasil e do mundo apresentarão seus trabalhos para o público, bem como as recentes tendências da arte na pele. As empresas, por sua vez, trarão seus mais novos lançamentos em produtos e equipamentos.
Convenção
Haverá também concurso da Miss e Mister Tattoo, que elegerá a mulher e o homem mais tatuados e será realizado concurso com 22 categorias de tatuagens. O ganhador vai representar o Brasil na Convenção de Tatuadores, em Nova York (EUA). Esther revelou que a meta, para 2024, é ampliar o total de vencedores, para levar um maior número de profissionais para representar o Brasil na convenção norte-americana.
Outra novidade desta edição é a participação da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), que irá recolher materiais reciclados que forem gerados no período do evento, como vidros e latas, para serem doados a cooperativas de catadores. “É o primeiro ano que nós vamos fazer essa ação, que é superimportante”. Maiores informações podem ser obtidas no site do evento e no Instagram @tattooweek.
Edição: Fábio Massalli
Fonte: EBC Geral


BRASIL
Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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