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Evento no Planetário da Gávea reúne cientistas da área da física

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Começou hoje (22), no Rio de Janeiro, a 25ª Conferência Internacional Anual de Física de Partículas e Cosmologia (Cosmo’22), que reúne até o próximo dia 26, no Planetário da Gávea, pesquisadores de renome mundial e cientistas nacionais. “A expectativa é muito grande para estudantes e cientistas interagirem com essas pessoas”, disse à Agência Brasil o professor Miguel Quartin, do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IF-UFRJ), membro da organização do evento.

Quartin afirmou que o evento representa uma grande chance de os jovens alunos de física, da área de cosmologia e astronomia, poderem se encontrar com alguns dos mais importantes pesquisadores internacionais e colaborarem entre si.

Considerado um dos principais encontros da área, a Cosmo’22 tem como principais temas de debate matéria escura, neutrinos e física de partículas, ondas gravitacionais e buracos negros, radiocosmologia e métodos estatísticos e tensões em cosmologia.

O Rio de Janeiro foi escolhido para esta edição da Cosmo porque reúne condições favoráveis para o desenvolvimento de pesquisas em física. Na região metropolitana da cidade estão localizados vários centros de pesquisa e universidades que criam um ambiente ativo e estimulante para a ciência. Esses grupos de pesquisa em cosmologia, astrofísica e gravitação são encontrados na UFRJ, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Observatório Nacional (ON), Universidade Federal Fluminense (UFF) e Centro Brasileiro de Pesquisa Física (CBPF).

O secretário municipal de Governo e Integridade Pública, responsável pelo Planetário da Gávea, Tony Chalita, destacou que o Rio de Janeiro sempre teve, historicamente, um protagonismo nacional na área de pesquisa científica. “Ao receber a Cosmo’22, a cidade retoma esta importância histórica e, entre os dias 22 e 26 de agosto, será a sede de novos conhecimentos e descobertas importantes que causarão impacto nos estudos de astrofísica em todo o mundo”, avaliou.

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Pesquisas

O diretor de Astronomia do Planetário, Leandro L.S. Guedes, disse à Agência Brasil que o país tem participação destacada em pesquisas em astronomia. “Existem brasileiros em todas as áreas de pesquisa. Com a cosmologia, não é diferente. Sempre teve uma participação brasileira intensa em congressos internacionais”.

O professor Miguel Quartin confirmou que o Brasil está ativo e inserido nas grandes pesquisas e discussões atuais sobre cosmologia e astrofísica, participando, no momento, com outros grupos de pesquisadores estrangeiros, de grandes trabalhos de ponta em nível mundial.

Ele criticou, entretanto, a falta de financiamento contínuo da ciência no país. “Isso torna muito difícil fazer planos de longo prazo. A previsibilidade dos investimentos é o maior problema do Brasil, atualmente. Porque esses investimentos são de longo prazo. Tem que formar recursos humanos e conseguir empregá-los. Isso não acontece em escala de tempo curta. Isso leva anos”.

Segundo ele, quando o financiamento é interrompido por alguns anos, o país perde ciclos de pesquisa e acaba tendo que recomeçar a formação de mão de obra. Atualmente, ele afirma que o Brasil tem convivido com uma “fuga de cérebros”. “Se essa fuga não for revertida rapidamente, ela começa a se tornar irreversível, na verdade. Uma geração pode ser perdida”.

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Palestra para leigos

A Cosmo’22 é um evento fechado, voltado para especialistas e cientistas de vários países que apresentarão trabalhos e discutirão temas e novas descobertas das áreas de estudo, além de participarem de debates e painéis.

Na quinta-feira (25), porém, haverá uma palestra em português, aberta ao público, sobre “O Universo em Expansão: 100 anos do artigo de Friedmann”, primeiro artigo que propôs que o universo está se expandindo. A palestra será dada pelo professor Júlio Fabris, da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

“A palestra vai ser em uma linguagem acessível, porque toda ciência tem uma parte que trata da pesquisa e seu desenvolvimento, que fica ali entre nós, cientistas, e existe um trabalho de tradução para passar isso de forma compreensível para as outras pessoas que não são da área, mas que podem compreender. Quando alguém explica, tudo é facilmente compreensível”, assegurou o diretor do Planetário.

A palestra é gratuita e não precisa de inscrição prévia. As primeiras 220 pessoas que chegarem ao Planetário da Gávea no dia 25 terão assento garantido no auditório.

Edição: Lílian Beraldo

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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