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Exposição gratuita no Rio mostra ao público conexão pelos fungos
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A partir de hoje (8), até o dia 26 de março, o Centro Cultural Oi Futuro apresenta a exposição inédita Simbiose – A conexão pelos fungos, com entrada franca sem agendamento e classificação livre. A mostra foi criada pela Deeplab Project, estúdio que integra design e tecnologia para criar experiências, e tem curadoria de Eduardo Carvalho. De acordo com os organizadores, a exposição apresenta ao público, de maneira lúdica e pouco conhecida, a imensidão do universo dos fungos.
Os fungos são organismos heterótrofos, isto é, que não produzem o próprio alimento. Eles dependem da ingestão de matéria orgânica, viva ou morta, para sobreviver. O diretor da Deeplab, Felipe Reif, esclareceu que a “Simbiose é um pequeno recorte sobre essa vastidão que é o universo dos fungos. Ao produzirmos conteúdos como o apresentado na mostra, reforçamos nossa missão sobre o uso do digital e do analógico para entreter e compartilhar conhecimento, abordando temas ligados à ciência e ao meio ambiente”.
Logo na chegada, os visitantes encontram um vídeo narrado pelo ator Eriberto Leão. Em seguida, a mostra apresenta dois grandes temas: O que fazem os fungos e O que fazemos com o fungo. O primeiro traz uma projeção mapeada de oito metros de extensão. Com uso de imagens reais de crescimento fúngico, sons e cores que remetem à diversidade de espécies existentes, o visitante vai desvendando um pouco dessa complexa rede que funciona como um biocomputador, ou seja, uma imensa internet que codifica dados orgânicos.
Árvore da Conexão
Ao final da projeção, as luzes guiam o visitante à instalação central, que é a Árvore da Conexão entre Natureza e Mente, onde é apresentada uma espécie de dança de luzes em alusão à rede de comunicação fúngica, que se espalha do solo para o todo. As luzes remetem também às sinapses, em referência à revolução científica que tem descoberto a função terapêutica dos cogumelos para o tratamento de doenças como a ansiedade e a depressão.
Em seguida, o visitante recebe informações sobre as pesquisas relacionadas ao uso terapêutico dos fungos e seu diálogo com os saberes tradicionais indígenas com a descoberta da psilocibina, principal componente dos cogumelos psicoativos. Ensaios clínicos recentes mostram que o uso da substância é capaz de aliviar depressão e ansiedade graves, demonstrando o imenso potencial que esse universo oferece à humanidade. Mas há ainda um longo caminho a ser percorrido, sinalizam especialistas.
O Centro Cultural Oi Futuro está localizado na Rua Dois de Dezembro, 63, no Flamengo, zona sul do Rio.
Edição: Graça Adjuto
Fonte: EBC Geral


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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