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Exposição retrata memória afetiva de brinquedos inspirados no futebol

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Futebol de botão, futebol de tabuleiro, pebolim, jogo da velha de times de futebol, mascotes da Copa do Mundo feminina e masculina, álbuns de figurinhas, Super Trunfo, uma Barbie jogadora de futebol e um Mickey Mouse usando uma camisa da seleção brasileira de futebol. Todos esses brinquedos – e muitos outros que divertiram crianças de variadas gerações – poderão ser vistos a partir desta quinta-feira (12), na nova exposição em cartaz no Museu do Futebol, chamada de Futebol de Brinquedo. A curadoria é do jornalista e escritor Marcelo Duarte, autor da série de livros O Guia dos Curiosos.

Muitos desses objetos são da coleção do próprio curador e fizeram parte de sua infância. 

“Eu brinquei com todos eles. Muitos dos brinquedos que estão expostos são meus. A curadoria foi uma grande brincadeira: procuramos colecionadores para resgatar peças em bom estado e para mostrar o que era brincar de futebol dos anos 50 para cá. Há coisas aqui que são minhas, há brinquedos que eu fiz [como o Tira-Teima e a revista Jogando com a Placar] e tem brinquedos que eu até joguei, mas não tinha guardado comigo”, contou o curador à Agência Brasil.

Um dos filhos de Duarte relatou à reportagem que chegou a brincar com o Pregobol do pai, um dos objetos em exposição. Mas o futebol repleto de pregos simulando jogadores em uma tábua de madeira parece não ter conquistado o filho, que prefere mesmo brincar de futebol – porém no videogame.

E esse é um dos objetivos da exposição: mostrar ao público como foi brincar de jogar futebol ao longo do tempo.

“A primeira bola, que é o primeiro brinquedo da humanidade, teria surgido há 6 mil anos antes de Cristo. O ser humano chutar uma bola é algo muito milenar e ancestral. Mas o futebol foi sistematizado com regras na virada do século 19 para o século 20, pelos ingleses, mas há registros de futebol na China, no México e em lugares da Europa. Então, brincar de futebol, de fato, é ancestral”, explica Marília Bonas, diretora técnica do Museu do Futebol.

A mostra faz um mergulho na memória afetiva de brinquedos relacionados ao esporte mais conhecido do mundo. Se para os adultos é um resgate de memórias, para as crianças, ela deverá despertar a curiosidade. “É um passeio pela memória afetiva – e, imagino, de muitos pais, que hoje sofrem com os filhos mais novos jogando videogame, que é o meu caso, em que perco sempre de goleada. Mas essa exposição é para mostrar aos filhos que, quando não tinha videogame, a gente brincava assim. E era tão divertido quanto hoje em dia”, destacou Duarte.

“Temos muito claro que o futebol é um ponto de conexão entre pais e filhos e filhas. O que quisemos aqui foi homenagear os adultos, mostrando como se brincava de futebol. E trazer esse universo para os pais mostrarem a seus filhos como brincavam. O brincar de futebol é um jeito de conectar as gerações”, disse.

Alguns dos brinquedos em exposição são raros, como um boneco do Pelé, de 1958. Há também o Ludopedio, um jogo criado pelo cantor Chico Buarque, lançado em 1970, período em que ele ficou exilado na Itália.

São Paulo SP 11/10/2023 . Museu do Futebol  inaugura a nova exposição temporária “Futebol de Brinquedo.” Foto:  Paulo Pinto/Agência Brasil São Paulo SP 11/10/2023 . Museu do Futebol  inaugura a nova exposição temporária “Futebol de Brinquedo.” Foto:  Paulo Pinto/Agência Brasil

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Alguns dos brinquedos em exposição são raros, como um boneco do Pelé, de 1958- Paulo Pinto/Agência Brasil

“Um dos objetos de que mais gosto é o Manual do Zé Carioca. O Manual foi lançado pela primeira vez em 1974, e foi o primeiro livro de futebol da minha geração. Eu tinha quase 10 anos quando saiu esse manual e era o livro que trazia as curiosidades do futebol. Foi o ‘Guia dos Curiosos’ que eu li quando era criança e que me inspirou a fazer livros assim depois”, afirmou.

Representatividade

Segundo a diretora técnica do Museu do Futebol, a curadoria buscou também apresentar que os brinquedos podem divertir meninos e meninas. Antigamente, eram voltados somente aos meninos e ao futebol masculino. Por isso, o visitante vai encontrar desde a mascote da Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2023, a Tazuni, a um time de botão feminino.

São Paulo SP 11/10/2023 . Museu do Futebol  inaugura a nova exposição temporária “Futebol de Brinquedo.” Foto:  Paulo Pinto/Agência Brasil São Paulo SP 11/10/2023 . Museu do Futebol  inaugura a nova exposição temporária “Futebol de Brinquedo.” Foto:  Paulo Pinto/Agência Brasil

Museu do Futebol inaugura a nova exposição temporária Futebol de Brinquedo.- Paulo Pinto/Agência Brasil

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“A gente queria celebrar esse brincar de futebol e também trazer esse universo dos brinquedos de futebol, que é algo no Brasil a partir da década de 50 e que aí é atravessado por questões de representação. Temos muitos brinquedos aqui que, em tese, são voltados para meninos, embora as meninas também brinquem. Os times femininos ainda são pouco representados, mas o museu trouxe isso: produzimos alguns brinquedos [como as bonecas Mini Craques da seleção feminina de futebol] para mostrar que não é difícil ter o futebol feminino representado nos brinquedos”.

Entrada gratuita no feriado

No Dia da Criança, celebrado nesta quinta-feira, a entrada na mostra será gratuita. Além da exposição, as crianças poderão se divertir com uma série de atividades preparadas pelo museu. Entre elas, brinquedos infláveis, como escalada e desafio de chute a gol, e contação de histórias. Na área externa, haverá um Pregobol gigante e um pebolim humano, que farão parte da exposição e abertos para uso do público. A Orquestra de Heliópolis irá se apresnetar às 11h.

A exposição Futebol de Brinquedo pode ser visitada até abril do ano que vem, com entrada gratuita para o público às terças-feiras. Crianças de até 7 anos não pagam a entrada.

Mais informações sobre a mostra podem ser obtidas no site do Museu do Futebol .

Fonte: EBC GERAL

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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