BRASIL
Fiesp sedia mostra dedicada ao mestre da xilogravura J. Borges
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Com obras inéditas, o Centro Cultural Fiesp, localizado na Avenida Paulista, em São Paulo, apresenta, a partir de hoje (6), uma exposição em homenagem ao artista J. Borges, considerado o maior nome da xilogravura popular no Brasil e patrimônio vivo de Pernambuco, estado onde nasceu e vive até hoje. A exposição fica em cartaz até o dia 7 de agosto e tem entrada gratuita.
Ao todo, a mostra J. Borges – O Mestre da Xilogravura expõe 62 trabalhos do artista e quatro obras elaboradas por seus filhos Pablo Borges e Bacaro Borges. Dez desses trabalhos são inéditos. Uma cinebiografia sobre a vida e obra do artista, do jornalista Eduardo Homem, também estará em exibição.
O trabalho de J. Borges retrata a vida do sertanejo, o imaginário nordestino, o cotidiano do Nordeste, os contos populares, o cenário rural, o cordel. Isso é o que se observa em obras como No Tempo da Minha Infância, Plantio e Corte de Cana e Forró Nordestino, que estarão em exibição no Centro Cultural.
“Estou muito alegre com essa exposição sobre meu trabalho na xilogravura. Eu ainda quero viver bastante. O que me inspira é a vida, é a continuação, é o movimento. É aquilo que eu vejo, aquilo que eu sinto”, disse J. Borges, em entrevista à Fiesp.
Outro destaque da exposição é o trabalho do artista com o cordel. Livretos de cordel com poesias sobre o amor, o cangaço, a religiosidade e a vida simples do campo estarão pendurados por um barbante em um espaço da mostra.
“A exposição retrata a magia da sua obra, tão importante para o povo brasileiro e para o mundo. A arte visual brasileira se tornou mais importante depois que J. Borges começou a criar seu trabalho de xilogravuras, tornando-se um dos maiores xilogravuristas do mundo”, disse Ângelo Filizola, curador da exposição.
Mais informações sobre a exposição podem ser obtidos no site do Centro Cultural Fiesp.
Edição: Lílian Beraldo


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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