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Fiocruz expande diagnóstico de doença rara para a América Latina

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O Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) ampliou a oferta do exame diagnóstico gratuito da Síndrome de Prader-Willi (SPW) para os países da América Latina.

Trata-se de uma doença genética rara e complexa, caracterizada por sintomas neurocomportamentais. A incidência da doença é de cerca de um a cada 15 mil nascimentos, afetando ambos os sexos igualmente e em todas as etnias. A síndrome é a principal causa de obesidade de origem genética.

Segundo a Fiocruz, a Associação Brasileira de Síndrome de Prader-Willi (SPW Brasil) incluiu em seus objetivos de conscientização da doença a divulgação maciça do exame diagnóstico gratuito para as famílias de todo o país, desenvolvido pelo Laboratório de Alta Complexidade do IFF/Fiocruz.

De acordo com a Fiocruz, o sucesso da parceria e o consequente aumento do número de diagnósticos chamaram a atenção da Organização Internacional da Síndrome de Prader-Willi (IPWSO) que, por meio de sua comissão científica, reconheceu a excelência dos serviços prestados pelo laboratório para a comunidade brasileira.

Com esse reconhecimento, o instituto ampliou a oferta do exame também para os países da América Latina.

Segundo a gestora do Laboratório de Alta Complexidade do IFF/Fiocruz, Letícia da Cunha Guida, a suspeita diagnóstica costuma surgir por conta do quadro clínico da síndrome. “Porém, a confirmação só é obtida por meio do diagnóstico molecular, que pode ser realizado em qualquer momento da vida. No entanto, quanto mais precocemente melhor, pois isso permite a orientação da família em relação a riscos e tratamentos disponíveis. Identificar de maneira precoce uma doença rara pode fazer diferença na qualidade e no tempo de vida de muitos pacientes”, disse a pesquisadora, em nota.

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Sintomas

Letícia explicou que os sintomas mais comuns até os dois anos de idade são a hipotonia [diminuição do tônus muscular] com dificuldade de sucção; dos dois aos seis anos, inclui atraso global do desenvolvimento; dos seis anos aos 12 anos, há também ingestão excessiva de alimentos com obesidade se o acesso à comida não for controlado, e a partir dos 12 anos, há ainda comprometimento cognitivo e problemas de comportamento, entre outros.

A pesquisadora destacou que, até o momento, não há cura para a doença, mas há tratamento que varia de acordo com os sintomas, podendo ser necessária uma equipe multidisciplinar, incluindo endocrinologista, psiquiatra, ortopedista, fonoaudiólogo, nutricionista, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional e psicólogo.

“É muito importante o controle rigoroso do peso com o objetivo de evitar comorbidades, como diabetes, por exemplo, além de problemas cardiorrespiratórios. Estudos revelam a melhora no crescimento linear, na massa muscular, na força motora e no controle respiratório com o uso na SPW do hormônio do crescimento”, explicou.

Pesquisas

De acordo com Letícia, o Laboratório de Alta Complexidade vem desenvolvendo vários projetos de pesquisa com a Síndrome de Prader-Willi. “Um desses projetos teve como objetivo principal a criação de um teste simples, com alta especificidade e sensibilidade, rápido e de baixo custo. Baseado em PCR em tempo real, o teste foi desenvolvido utilizando-se amostras de sangue periférico em papel de filtro com o intuito de facilitar o envio das amostras para o laboratório e de ser o menos invasivo possível para recém-nascidos ou crianças obesas”, acentuou.

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A gestora informou, também, que o teste desenvolvido no laboratório passou a ser oferecido gratuitamente às famílias de todo o Brasil e se tornou referência no diagnóstico molecular para a SPW.

“Temos vários projetos de pesquisa sobre a Síndrome de Prader-Willi com colaboração internacional (University of Pittsburgh) e nacional (Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione – IEDE, Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Universidade de São Paulo – USP e Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz)”, completou.

Fonte: EBC GERAL

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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