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Fotógrafo Fernando Frazão é finalista do Prêmio Vladimir Herzog
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O fotógrafo Fernando Frazão, da equipe da Agência Brasil no Rio de Janeiro, teve seu trabalho Emergência Yanomami selecionado entre os três finalistas da categoria fotografia da 45ª edição do Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos. Os participantes da etapa final da premiação tiveram seus nomes divulgados nesta terça-feira (03).
Seis fotos foram inscritas na premiação, retratando os danos do garimpo ilegal no bioma amazônico e a emergência de saúde da população indígena yanomami. A Agência Brasil escalou quatro profissionais para a cobertura, que incluiu também os repórteres Pedro Rafael Vilela e Vitor Abdala e a fotógrafa Rovena Rosa.
“Viajamos para Boa Vista, capital do Estado de Roraima, onde percorremos os hospitais que estavam prestando atendimento aos indígenas removidos. Conversamos com médicos, pacientes, tradutores, lideranças da etnia, e representantes de ONGs, militares e órgãos governamentais. Após vários dias lá, conseguimos embarcar de carona em um voo de 1h30min para Surucucu, onde existe o principal polo de saúde indígena dentro do território Yanomami. Foi possível documentar o atendimento aos yanomami vindos de diversas aldeias, como o idoso Sarney Yanomami, com mais de 60 anos de idade, que recebia soro na veia e sofria dores da infecção por malária e desnutrição”, conta o fotógrafo.
Ao longo de toda a cobertura em Roraima, que durou 12 dias, Frazão buscou consentimento dos yanomami para terem suas imagens registradas. Diversas vezes, foi preciso deixar de captar cenas em respeito aos indígenas. Além disso, o fotógrafo sobrevoou a floresta com a Força Aérea Brasileira e mostrou os rios tingidos pela contaminação do garimpo, acompanhou a entrega de suprimentos e captou imagens das clareiras causadas pela devastação ilegal.
O resultado da premiação será decidido pela comissão organizadora do prêmio em uma sessão pública de julgamento, marcada para o dia 10 de outubro, no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. Concorrem na mesma categoria Márcia Foletto, do jornal O Globo, e Yan Boechat, do jornalismo da Band.
Fonte: EBC GERAL


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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