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Frequência em atividades culturais ainda é menor do que antes da covid

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A maior parte da população brasileira (62%) ainda frequenta atividades de cultura e de lazer em uma frequência menor do que antes da pandemia da covid-19, segundo pesquisa divulgada hoje (25) pelo Itaú Cultural. De acordo com o estudo, 26% voltaram ao mesmo ritmo de antes da disseminação da doença, enquanto 12% estão realizando esse tipo de atividade em uma frequência maior.

O levantamento dos dados foi feito pelo Instituto Data Folha com 2.240 entrevistas com pessoas entre 16 e 65 anos de idade em todas as regiões Brasil. Foram ouvidos homens e mulheres de todas as classes econômicas.

O cinema é a atividade presencial mais frequentada ao longo do último ano, mencionada por 26% do público. Menos da metade dos 59% que disseram que frequentavam as exibições de filmes antes da pandemia. Foram a apresentações artísticas, de música, teatro ou dança, no último ano, 18%. Antes da disseminação da doença, o percentual era de 38%.

Atividades virtuais

A grande maioria das pessoas têm feito atividades online. Segundo a pesquisa, 80% ouviu música pela internet no último ano e 70% assistiu a filmes e séries. Os podcasts fizeram parte dos hábitos de 42%. Os jogos eletrônicos foram mencionados por 39%.

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Em relação ao tempo gasto em lazer e cultura pela internet, a média ficou em 2 horas e 56 minutos por dia. O gasto médio mensal com essas atividades é de R$ 128,35, sendo que 35% dos entrevistados disse não gastar nada com esse tipo de experiência.

Para o diretor do Itaú Cultural, Eduardo Saron, as atividades online devem seguir fazendo parte do cenário cultural mesmo com a retomada da participação presencial. “Está nítido que esse hibridismo veio para ficar”, disse sobre a coexistência das duas formas simultaneamente.

Essa nova realidade apresenta, na opinião de Saron, um desafio para as instituições culturais em manter o apelo ao público. Segundo ele, tanto o virtual como o presencial precisam se adaptar a esse momento. “Se no momento da pandemia as pessoas tinham tolerância de um som mais comprometido, uma imagem mais turva ou craquelada, hoje, naturalmente, o público pede que a gente aumente essa régua”, disse ao comentar o novo patamar de exigência para atividades online.

Ao mesmo tempo, ele acredita que é preciso inovação para fazer com que as pessoas voltem a ir ao teatro e espetáculos de dança. “Essa experiência presencial precisa oferecer mais do que a gente oferecia até hoje”, acrescentou.

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Saúde mental

Sobre a saúde mental durante a pandemia, 49% disse ter tido algum problema nesse sentido no seu domicílio. Entre os que enfrentaram dificuldades de saúde mental ou emocional, 68% procuraram tratamento.

As atividades de cultura e lazer online foram apontadas como fator de melhora de qualidade de vida por 48%, sendo que 53% disseram que a interação virtual reduziu o stress e a ansiedade. O mesmo percentual disse ter sentido redução da solidão e 54% afirmam que as atividades online ajudaram com a sensação de tristeza.

Edição: Fernando Fraga

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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