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Gêmeos idênticos se conhecem pela internet e se reencontram depois de adultos

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Globo Repórter desta sexta-feira (3) contou histórias emocionantes de gêmeos, como a do Victor e do Gabriel, gêmeos idênticos separados na maternidade e que não sabiam da existência um do outro até a vida adulta. As histórias deles se cruzam na capital São Luís, como se fosse um enredo de novela.

Gabriel, que é músico, nasceu no Maranhão, foi criado em São Paulo e na adolescência se mudou para o Ceará. O pai dele, já falecido, era de São Luís e, a mãe, do Ceará. Quando o pai dele morreu, a vida dele deu uma reviravolta. Na época, ele tinha de 18 para 19 anos e já tinha ouvido brincadeiras por parte da família, de que tinha sido adotado. Até que foi questionar a mãe e ela me confessou que de fato ele não era seu filho biológico, que era adotado e a que tinha um irmão gêmeo univitelino.

A partir desse momento, ele começou uma busca que durou cinco anos. Era como buscar agulha no palheiro. Gabriel não tinha nenhuma informação do gêmeo perdido. Três amigos começaram a procurar, mas não encontraram. “Tinha uns que eram mais velhos, mais novos, mas nunca bateu”, conta Gabriel Bernardo, autônomo.

Até que um dia, ele encontrou Victor Rubim, que também é músico, enquanto assistia a vídeos de música:

“Eu achei que alguém tinha mandado o meu vídeo. Achei que era eu por conta da roupa, por conta do corte de cabelo. O áudio da música eu não conhecia, mesmo parecendo que eu estava tocando. Eu me chamo Gabriel, por que que está escrito Vitor? Eu vi fotos em que eu estava com gente que eu não conhecia, em lugares que eu nunca fui. Não podia ser eu. Aí caiu a ficha, depois de cinco anos. A gente seguia a mesma página de música”, lembra Gabriel.

Victor morava em São Luís, a quase mil quilômetros de distância. Gabriel entrou em contato com ele e a vida de Victor – que nunca soube da existência de um irmão gêmeo – também virou de cabeça pra baixo. Assim que ele viu a foto, correu para as duas irmãs mais novas e eles foram tirar a prova com a mãe.

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“Minha mãe falou: ‘Senta aí. Deixa eu te contar uma coisa. Pra mim nunca fez diferença, mas você não é meu filho biológico. E o Gabriel é o seu irmão gêmeo’. Então eu peguei duas de direita duma vez. Foi um baque. A minha reação foi ter uma crise de riso interminável, até que eu consegui conversar com o Gabriel”, diz Victor.

O próximo passo, claro, foi o encontro! Ou melhor, reencontro, há cinco anos.

Os dois tentaram surpreender um ao outro. “Ele ficou posicionado na rodoviária, esperando escondido para me ver primeiro. E eu pensei: eu não vou ser pego de surpresa. Então fiz amizade com o motorista do ônibus que eu estava para eu descer por último e poder observar onde que ele estava e não ser pego de surpresa”, diz Victor.

Gêmeos maranhenses Gabriel Bernardo e Victor Rubim, entrevistados pelo repórter Alex Babosa e equipe — Foto: Globo Repórter

Gêmeos maranhenses Gabriel Bernardo e Victor Rubim, entrevistados pelo repórter Alex Babosa e equipe — Foto: Globo Repórter

Os dois então descobriram que não era mais preciso caminhar sozinhos. Desde que se encontraram, os irmãos não se separaram mais. Gabriel foi morar na cidade do Victor, junto com o irmão, como tudo começou. Além disso, eles decidiram unir os microfones e cantar juntos.

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Eles dizem que se completaram e descobriram que têm muitas afinidades, como o gosto musical, o gosto por entretenimento, tipos de filmes, séries, animações e até religião. Os dois são evangélicos.

“Eu acho que são laços que vão além da criação parecida. Eu acho que vem da barriga mesmo da mãe. A sensação de ter encontrado Gabriel é como a pecinha do quebra-cabeça que estava perdida dentro da caixa. A pecinha que encaixou para dar sentido ao resto. E aquela sensação de ser excluído no meio de todo mundo, não existe mais. Porque ainda que todo mundo seja diferente, eu tenho alguém que é igual a mim, que vai ser sempre o meu apoio”, diz Victor.

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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